domingo, 3 de outubro de 2010

Opinião

Recebi esse passe-pra-frente com texto atribuído a Ricardo de Azevedo, economista.

Embora eu discorde do mérito, pois sei que Álvaro foi movido pela revanche pessoal em relação ao ataque (cá entre nós, desnecessário e improcedente) do Beto, e não pra limpar a honra do irmão, com quem nunca se deu bem, muito menos politicamente (ponto pro Álvaro, aliás, o lado bom da força dos Dias), e muito menos nos tempos atuais, em que Osmar despirocou totalmente e sai de braços dados com a Porca e o Jegue, carregando, nesse festim macabro, o Cão Raivoso e a Barbie Paraguaia.

Muito embora - repito - o Álvaro não se tenha movido pela honra da família e, sim, pela sua própria, pois o nosso bom garoto e excelente administrador Beto Richa deveria ter refreado a tentação de tocar naquele assunto idiota dos cavalos pretensamente lançados contra os manifestantes professores, incidente funesto armado contra o Álvaro, à época nosso governador (isso tenho por depoimento dos próprios armadores). Vale a leitura e a reflexão.

Interessante a menção ao Castello que, por bem ou por mal, demonstrou uma coisa que hoje em dia meia dúzia (se tanto) dos políticos ainda consegue preservar: a coisa chamada caráter.

Querem saber? Crime político por crime político (me perdoem os legitimamente prejudicados) sou mil vezes a ditadura militar.Ao menos havia uma intenção política e não um concerto de interesses particularíssimos orquestrado por canalhas gananciosos que visam unicamente seu próprio enriquecimento, a custa do controle da massa ignara, eterna e convenientemente subnutrida.
Isso sem mencionar a famosa fazenda do Osmar no Tocantins, tantas vezes usada contra ele por seu novo melhor amigo desde a infância, Requião. É esse o background de agricultor paranaense do Osmar?
Não se apreguicem, leiam aê:

"Na época que mais um dos escândalos do atual governo veio à tona, no caso em que o filho de Lula recebeu R$ 15 milhões de reais da TELEMAR para tocar sua empresa, Lula saiu em defesa de seu filho, Élio Gáspari publicou essa história buscada no fundo do baú:
Em 1966 o presidente Castello Branco leu nos jornais que seu irmão, funcionário com cargo na Receita Federal, ganhara um carro Aero-Willys, agradecimento dos colegas funcionários pela " ajuda" que dera na lei que organizava a carreira.
O presidente telefonou mandando que ele devolvesse o carro.
O irmão argumentou que se devolvesse ficava desmoralizado em seu cargo.
O presidente Castelo Branco interrompeu-o dizendo:
- “Meu irmão, afastado do cargo você já está. Estou decidindo agora se você vai preso ou não”.



E o que isso tem a ver com o Senador Álvaro Dias?
Quem acompanhava os pronunciamentos desse senador TV Senado, sentia nele um defensor legítimo das pessoas de bem, das pessoas virtuosas. Era implacável em seus ataques contra a corrupção, o aparelhamento do Estado e os atentados ao Estado de Direito.
Por outro lado, todos que acompanham a política constataram a demora do seu irmão Osmar Dias, Senador pelo PDT, em se decidir se iria disputar novamente uma cadeira ao Senado ou se iria sair candidato a Governador pelo Paraná.
O PSDB já havia anunciado que Álvaro Dias seria o Vice de José Serra. Pela primeira vez na história, o Paraná poderia ter um Vice-Presidente, pois a “briga” com Álvaro sendo vice de Serra, seria bem mais acirrada.
Nesse caso, seguindo a linha da coerência, Osmar Dias deveria abdicar em concorrer ao governo estadual, e partir para a reeleição ao Senado.
Mas postergou sua decisão até um último momento. Porquê? Para valorizar o passe, como se diz na gíria do futebol.
De repente você vê o Osmar junto com o Lula, junto com o MST, e abraçado com o Requião. O que houve? Qual foi seu preço?


Cada homem teu seu preço. O do Osmar foi 45 milhões mais a fazenda no Tocantins.
Segredo entre dois, só matando um, já dizia o ditado popular. E o segredo vazou e todo mundo sabe qual foi o preço do Osmar para ser palanque de Dilma e Lula no Paraná.
Num belo dia pousa um avião de médio porte no Aeroporto dos Amarais, em Campinas. Nele haviam caixas de whisky Johnnie Walker. Havia um veículo esperando, Fizeram o baldeio das caixas de whisky para o veículo.
Dentro das caixas de Johnnie Walker havia nada menos que 45 milhões, fruto do superfaturamento da compra de remédios em Cuba que foram entregues aos "assessores" do Senador Osmar Dias que estavam no aeroporto.
A outra ponta do acordo diz respeito a legalização da fazenda de Osmar Dias no estado de Tocantins. Fechou o pacote. Era esse o tal “apoio” que Osmar dizia que precisava ter do Lula para sair candidato ao governo? Será esse o motivo que ele chorou quando Lula olhou em seus olhos em um comício?

O suicídio político dos irmãos Dias

Não sejamos ingênuos. Álvaro também sabe o que aconteceu. Além do Osmar tirar-lhe a oportunidade de
ser o vice do Serra, há essa negociação por trás. Isso é justo o que Álvaro combatia no Senado.
Tudo bem que Álvaro relevasse a opção de Osmar sair governador em detrimento da oportunidade dele sair vice de Serra. Até aí, daria para entender.
Mas Álvaro não pode compactuar com a negociata feita. Isso é contra tudo aquilo que ele defende, ou defendia.
Ao declarar seu voto ao irmão, e se justificar dizendo que o seu partido vai entender essa posição, Álvaro cometeu suicídio político. O partido pode até entender. Mas nós, jamais!
Álvaro mostrou que: ou abriu mão de seus princípios pelos quais “parecia” lutar no Senado, ou fazia de conta que tinha princípios quando "encenava" no Senado.
Quem tem princípios, faz a escolha como Castelo Branco fez. Não tem dúvidas. É firme e coerente com a sua conduta. Não importa se é irmão, filho, ou neto.


Álvaro fez a sua escolha. Ao declarar o voto a Osmar, declara concordar com a conduta do irmão, e assim desmorona tudo o que ele próprio vinha fazendo até hoje.
Álvaro deixou entender que ética e honestidade são qualidades que se devem exigir só dos outros. Quando se trata de família, o "sangue" fala mais alto.
Se tivesse pelo menos ficado quieto, dando a tradicional desculpa que o voto é secreto, Álvaro teria o benefício da dúvida.
Ele fez a sua escolha. Na minha opinião, a escolha errada, assim como a do Osmar.
É o começo do fim da era Dias no Paraná."
Ricardo de Azevedo - Economista

4 comentários:

  1. Aqui está uma das vítimas do episódio considerado neste texto como "assunto idiota dos cavalos pretensamente lançados contra os manifestantes professores". Quero esclarecer que não foram só cavalos, foram lançadas bombas (não de efeito moral), que feriram verdadeiramente professoras pacatas e valorosas. E "armação" ou não, o governador é responsável pelo episódio chamado Dia Negro do Magistério paranaense. Assinado: Uma professora que se demitiu voluntariamente após o apisódio de 1988.

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  2. Não consegui localizar o orginal deste texto atribuido a Ricardo de Azevedo, o texto provavelmente não foi escrito por ele, existe outra fonte fora o e-mail?

    Antes de divulgar qquer e-mail devemos verificar as fontes, Jabor, marilia Gabriela dentre outros tem seus nomes erroneamente atribuidos a textos.

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  3. Anônimo:

    sinto muitíssimo pelo episódio, cujos malefícios não menosprezo. Apenas chamei de idiota porque Beto Richa sabe que Álvaro Dias não teve parte nisso. E quem conheceu uma ponta dos bastidores ouviu, da boca dos próprios "armadores" do funesto episódio, que Álvaro Dias foi vítima de armação.
    Não, o Álvaro não pode ser responsabilizado por uma coisa que ninguém previu, que não foi orquestrada por ele nem ninguém ligado a ele e, sim, por seus opositores, que não mediram consequências e não se importaram em agredir os professores que ali estavam.

    Investigue quem se opunha ao governo naquele momento... Este é o culpado.

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  4. Otavio:

    eu sou a primeira a maldizer e repudiar essa fatídica "assinatura" de textos idiotas da web por pessoas mais ou menos famosas, que na real nunca tem nada a ver com a baboseira.

    Mas o que reproduzo neste post, já aviso no início tratar-se de texto "atribuído" a este desconhecido, pois não existe nenhuma outra referência a qualquer economista de nome Ricardo Azevedo.

    Nesse caso penso que isso não tem a menor importância, porque o texto apenas repete fatos amplamente conhecidos por todos nós, e serve tão somente para nos lembrar deles, e nos levar a uma reflexão, bastante válida, de como os princípios tem sido deixados de lado por nossos (argh!) compatriotas, mais e mais, especialmente no decorrer desta triste era empetelhecida da nossa história.

    É isso. Obrigada. Um abraço.

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