terça-feira, 30 de agosto de 2011

Claudio Boczon me mandou essa photô antiga


Algumas considerações:
1 - eu, no lugar do Itamar, se acordasse da morte e olhasse ao redor, ia achar que estava no inferno purinho.

2 - nada mais nojento do que ter seu velório imundiciado por uma caterva feito essa. Eca!

3 - como será que fizeram pra abaixar o topete do Ita?

4 - aguardando a sua consideração, colega.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Oportunidade profissional: Atendimento

Olá!

Você é meio lesado/a da ideia, meio vagau, meio ruim de lidar? Está largado/a na vida, sem rumo, sem perspectiva, com aquela cara de será que chove hoje?

Você já passou da idade, quer dizer, está agora onde deveria estar há uns dez anos atrás mas não estava porque... ah, sei lá, porque as coisas não davam certo, você não tinha muito saco (preparo) pra nada?

Você fez facul de Comunicação e, de um jeito ou de outro, acabou conhecendo por aí o filho/a filha de um figurão, dono daquela agência de publicidade phodástica, e engatou em romancinho que acabou em casamentinho meio namarrinha?

Mas enfim, o dono da agência phodástica não te recolheu lá porque, bem... ele é sogro mas não é besta de recolher um nó cego feito tu na agência dele?

Ou você trabalhou uns tempos como artefinalista naquela agência phodástica, onde aquele famoso diretor/aquela famosa diretora de criação deu umas bimbadas nitu e logo se cansou, mas sabe, achou chato te dar um pé na bunda porque, afinal de contas, ele/ela não é assim, digamos, completamente sacana?

Você, enfim, tá meio rodado/a e não é bom/boa - na chincha - pra powha nenhuma? Mas a vida tá dura, lá fora é uma selva, você precisa defender uns trocos pra fazer umas californianas no pixaim sem ter que passar perrengue etc?

E, afinal de contas, o sogrão conhece umas pessoas aí que bem podiam dar aquela força em nome da amizade e dos velhos tempos, te catar e jogar num canto qualquer pra tu ficar ensebando, em troca de uns caraminguás no fim do mês pras tuas bobaginhas?

Seus problemas se acabaram-se!

Vá a qualquer agência de publicidade, a qualquer produtora, a qualquer lugar cheio de profissas criativos e divertidos, de preferência meio aparentados com alguém (infelizmente) ligado a tu.

Você é a pessoa perfeita para preencher a eterna vaga de ATENDIMENTO.

Você vai ser um/uma grande CPONE (coordenador/a de powha nenhuma), vai phuder com a vida de meio mundo, coçar o dia inteiro, ficar pendurado/a no telefone falando abobra pra um bando de lesados feito tu, viver faltando por motivo de gripe (coisa que ninguém vai achar ruim, muito pelo contrário, todo mundo vai dar graças quando você não pintar), enfim, você vai emerdecer o ambiente com seu big fat ass e ninguém vai te encher o saco, ou te tirar de lá, ou te fazer virar gente.

Parabéns! Você nasceu pra ser ATENDIMENTO!

C'est la vie. Afinal, as outras pessoas tem pecados pra pagar. E a juros bancários, ao que parece.

Aproveito o ensejo pra felicitar as raras pessoas nesta cidade que deram dignidade a essa ocupação.
Vocês merecem o céu.

Posts enrabichados

E por conta da citação que Vinicius faz em Receita, toma-lhe um Éluard, em todo o seu esplendor.
Negrinho Pessôa, traduz aí, chéri:




La courbe de tes yeux fait le tour de mon coeur,
Un rond de danse e de douceur
Auréole du temps, berceau nocturne et sûr,
E si je ne sais plus tout ce que j'ai vécu
C'est que tes yeux ne m'ont pas toujours vu.


Feiulles de jour e mousse de rosée,
Roseaux du vent, sourires parfumés,
Ailes couvrant le monde de lumière,
Bateaux chargés du ciel e de la mer,
Chasseurs de bruits et sources des coulers,


Parfums éclos d'une couvée d'aurores
Qui gît toujours sur la paille des astres,
Comme le jour dépend de l'innocence
Le monde entier dépend de tes yeux purs
E tout mon sang coule das leurs regards.




Uma tradução? Aqui.
Mesmo pra quem não entende Francês, a melodia, os sons, que primor.

Receita

Por conta da bunda da Princesa, que eu pesquei lá no Jopz e juntei com um verso do Vinicius, aqui vai o poema todo. Belezura.

Sinto-me tão nele em determinadas partes, oh!

Pedindo ao Poetinha um autógrafo (de próprio punho, diria o Nêgo Pessôa) em Para Uma Menina, Com Uma Flor ele, já bem avelhado, ainda me fez muitos galanteios.
Fiquei insuportável de convencida (mais ainda, detratoras, mais ainda, sim, é possível).
Como diria Renato Waberski, eu não me acho, eu me tenho certeza.

Embora Vinicius cantasse qualquer coisa do sexo feminino, foi uma sensação boa.
Afinal, o Poetinha é um poetaço. Desprezar, quem há de? Não eu.



Receita de mulher
As muito feias que me perdoem
Mas beleza é fundamental. É preciso
Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso
Qualquer coisa de dança,
qualquer coisa de haute couture
Em tudo isso (ou então
Que a mulher se socialize
elegantemente em azul,
como na República Popular Chinesa).


Não há meio-termo possível. É preciso
Que tudo isso seja belo. É preciso
que súbito tenha-se a
impressão de ver uma
garça apenas pousada e que um rosto
Adquira de vez em quando essa cor só
encontrável no terceiro minuto da aurora.
É preciso que tudo isso seja sem ser, mas
que se reflita e desabroche
No olhar dos homens. É preciso,
é absolutamente preciso
Que seja tudo belo e inesperado. É preciso que
umas pálpebras cerradas
Lembrem um verso de Éluard e que se acaricie nuns braços
Alguma coisa além da carne: que se os toque
Como no âmbar de uma tarde. Ah, deixai-me dizer-vos
Que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro
Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e
Seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem
Com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos então
Nem se fala, que olhe com certa maldade inocente. Uma boca
Fresca (nunca úmida!) é também de extrema pertinência.
É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos
Despontem, sobretudo a rótula no cruzar das pernas,

e as pontas pélvicas
No enlaçar de uma cintura semovente.
Gravíssimo é porém o problema das saboneteiras:
uma mulher sem saboneteiras
É como um rio sem pontes. Indispensável.
Que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida
A mulher se alteie em cálice, e que seus seios
Sejam uma expressão greco-romana, mas que gótica ou barroca
E possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas.
Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebral
Levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal!
Os membros que terminem como hastes, mas que haja um certo volume de coxas
E que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem
No entanto, sensível à carícia em sentido contrário.
É aconselhável na axila uma doce relva com aroma próprio
Apenas sensível (um mínimo de produtos farmacêuticos!).
Preferíveis sem dúvida os pescoços longos
De forma que a cabeça dê por vezes a impressão
De nada ter a ver com o corpo, e a mulher não lembre
Flores sem mistério.


Pés e mãos devem conter elementos góticos
Discretos. A pele deve ser frescas nas mãos, nos braços, no dorso, e na face
Mas que as concavidades e reentrâncias tenham uma temperatura nunca inferior
A 37 graus centígrados, podendo eventualmente provocar queimaduras
Do primeiro grau. Os olhos, que sejam de preferência grandes
E de rotação pelo menos tão lenta quanto a da Terra; e
Que se coloquem sempre para lá de um invisível muro de paixão
Que é preciso ultrapassar. Que a mulher seja em princípio alta
Ou, caso baixa, que tenha a atitude mental dos altos píncaros.
Ah, que a mulher dê sempre a impressão de que se fechar os olhos
Ao abri-los ela não estará mais presente
Com seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha; parta, não vá
E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber
O fel da dúvida. Oh, sobretudo
Que ela não perca nunca, não importa em que mundo
Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade
De pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma
Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre
O impossível perfume; e destile sempre
O embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto
Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina
Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição
Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação inumerável.



Bem, desejo às amigas que um dia se sintam, ou por uns momentos tenham-se sentido, essa mulher.

Às não amigas digo: claro, fica mais fácil quando se tem à mão um poeta, e certos requisitos.
Mas isso é pra quem pode, não pra quem quer.
Not sorry, periferia.

A primeira photô: porque adoro polka dot, quando bem usado. A guria é japinha. Tem cabelo escorrido. E olhar distante. É diáfana. Tudo a ver.
A segunda: óbvio, as pontas pélvicas. Bom saber que elas, afinal, bem como as saboneteiras, foram cantadas, apreciadas, pelo poeta. Elas, que me preocupavam tanto, na minha ingenuidade de menina.
A terceira: a mão.
A quarta: rosa desabrochando, seda e umidade. Lindo, não?
Hope you enjoy.

Podreiras do Jopz

Princesa mostra as calcinhas
Pesquei no Base 1, blogão mad'n'rad do supercomédia Jopz,
PhD em podreiras

Caras, por essas e por outras, sou fã da juventude
Parafraseando Vinicius, as bundas feias que me perdoem... Mas, valeu, Jopz  =)

Acrescentado depois:
Pensando bem a beleza e a juventude ferem, perturbam. 
A bundamolice esparramada e arruinada da velha dá paz aos sentidos, amortece, não faz a gente querer ser, nem ter, coisa nenhuma.
Pra isso a velhice deve servir.
Minto: a bunda da velha me faz pensar look away!

Isso porque nos interstícios da minha racionalidade há fortes traços de frivolidade.
Esta sou eu.

Acrescentado ainda mais depois:
Ah, também! Tenha dó!
Uma bundalheira daquela numa calcinha transparente, com lettering???
A velha queria ser comentada. E que comentários ela esperava?
Sai dessa vida, jacaré.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Hard

Em algum lugar, debaixo desta carapaça de tédio da vida, em algum momento entre as angustiadas antenas do antes e do depois, deve existir uma eu bem maciinha. Ou pensei nisso meu bem, por pura fome.

Não é lindo o vermelho lagosta? Poeta comentava comigo uma arte encomendada ao Cesar Marchesini.
Discutíamos cores. Sugiro: vermelho lagosta? Amarelo papaia? Ameixa? Berinjela?...
Ele: - Por favor, sugira as cores você. Eu não levo jeito pra dizer essas coisas.

Tão calabrês. Nele eu acho graça.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Thanks & Welcome


Pra Larissa Cazarim. Fiquei um tempo lendo o blog dela. Um amor.



Outro pro meu amigo Ricardo Carvalho, escritor, pensador, muitas coisas legais, engraçadésimo, blz total.






Pra Larissah com H, aka Mademoiselle Assiralli Bhantt'Olva.



Seu blog aqui. Bem divertido, apesar da sua paixão por uma cã chamada Bombom, que ela escrozive veste com vestidinho e tudo, conforme se vê na photô.






Fazer o quê? 
Quem não curte cachorro, vestido ou não,  sou eu.





terça-feira, 23 de agosto de 2011

Hullo!

Oie, gentem! Tudo bem com vocês?

Só passei pra agradecer as visitas que ainda recebo, apesar de nunca mais ter postado nada.
Ando cheia de trabalho.
Cheia de dor no joelho.
Cheia de dor na boca.
É, essa é nova.

Depois de velha fui inventar de colocar aparelho ortodôntico, por causa do que eu achava ser uma coisica de nada. Rá! Descobri que dentista é igual a médico e advogado: fuja, lôko!

Eles te apontam horrores, que você precisa arrumar urgentemente, sem o que sua vida será muito ruim. E a gente crê. Eles fazem a gente crer.

Acho que, antes de tudo, esses profissionais aprendem como deixar a gente morrendo de necessidade de fazer o que eles recomendam. A mim não ensinaram isso direito, pelo jeito.
Enfim.

Sinto como se tivesse tomado muita porrada na boca.
Dói tudo, cada um dos meus queridos dentinhos. Além do que estão moles.
Sopa e suco é tudo o que posso ingerir sem sofrimento.
Bom para a silhueta, não? Muito bom.
Mas a graça da vida? Tchauzinho.

Minha heroína, Bê-tí, posando com um outrageous jeans da Urban Outfitters.
Temos em comum curtir mas não aguentar os saltões.
Ela fotografa com eles, mas não consegue usar no dia a dia. Dureza.
Mas ganha graninha com isso. Pior eu, que só compro e dou uma usadinha de vez em quando.




Faz a gente refletir.
Como é que rola isso de não comer na cabeça das meninas-módels?
Tipo, alface e água todo dia traz magrice e alegria.
De que jeito?
Só se for pra faturar muitas verdinhas, que não as alfaces.
Só se for pra fazer muito sucesso. Ficar muito rica. Essas coisas.
Aí vale a pena.

Mas pra uma pobre mortal feito eu?
Saco.

Única vantagem é se olhar no espelho com uma calça 40, e ouvir o vendedor dizer:
- Vou buscar uma 38.

Okay, mas não se iludam.
Eles aprenderam mais um truque: manter a numeração e aumentar o molde. O 38 é, na real, o 40.

Abaixo photô da minha mais recente aquisição: studded muffin boots.
Vieram da minha terra. Não são liiindas? Love them!
Me fazem esquecer os saltões.
São style, fashion, bem boas pra compor um look hi-lo. Adoro.
Not Rated boots





Boa Semana a todos.
Love me, don't leave me.
Miss you all.
Daqui a pouco a coisa acalma e eu volto ao normal.
Bjuxxx da San

Deixo vocês com o nosso Toots, o maravilhoso Sivuca, nesse maravilhoso Céu e Mar. Shpetácolo! Enjoy!