sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Li no blog Eu e Meu Chapéu e achei melhor espalhar

Aleluia, it’s Friday! É sexta-feira, dia do tão aguardado Cestão Literário, e de passar um fim-de-semana refletindo sobre as indagações existenciais arrebatadoras do  texto filosófico de Rui Werneck de Capistrano a respeito da nossa missão nesta galáxia. E lembrem-se,  irmãos, nem tudo está perdido: teremos ainda mais quatro sextas-feiras até final do ano, e sabe-se Deus quantas até o final dos tempos. Boa leitura.

A curiosidade filosófica é mãe dos estrábicos

O filósofo contemporâneo Joseph Conte-Ville, originário da França, vem declarando, enfaticamente, nas últimas entrevistas que acredita no Capital como árbitro de maior talento para apitar a final da Copa do Mundo de 2014. Conte-Ville baseou sua afirmação em oráculos, jogos de búzios e na aparição de um tigre de bengala nas festividades do Ula-Ula no Haway. Perguntado sobre como chegou às ilhas, o tigre desconversou, mas deixou sangrando nas entrelinhas a possibilidade de voltar a saborear nativos nos próximos anos. Já reservou passagens e acomodações.

Tendo essa expressiva matéria como ponto de apoio aos seus estudos, Conte-Ville traçou um largo panorama da civilização mundial desde os primórdios. Achou três garrafas de Coca-Cola numa caverna, junto a uma quantidade de esqueletos que haviam participado, quando ainda vivos, de uma orgia de duas semanas. Nem sinal de anticoncepcionais. A base acadêmica para seus estudos, ele tirou uma frase lapidar de Aristóteles: Nada do que foi será do jeito que já foi um dia.

Kleber Kleyborn, filósofo americano da Idade Média, contesta Conte-Ville, lembrando que no meio-oeste americano habitam ursos polares sem nenhuma cerimônia. Trabalham, pagam impostos, comparecem às cerimônias religiosas e pagam o dízimo. Seus filhos comem  BigMac regularmente e nas férias vão visitar parentes, respeitando a velocidade máxima nas rodovias. Essa é a maior dica de que a Copa do Mundo de 2014 – a ser realizada no Brasil – deve ser apitada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, desde que ele pare de coçar as partes baixas durante a apresentação dos hinos nacionais e não respire ao longo da partida. Sua base acadêmica foi um curioso episódio voltairiano. Voltaire foi instigado, ao comparecer a uma igreja, a se confessar. Ele, mesmo contrariado, o fez. Só que, sem perder a pose, disse ao abade: “Vós dissestes que devemos confessar nossos pecados uns aos outros. Eu confessei os meus. Só irei embora se confessardes os vossos!”

Pesando os dois excelentes achados filosóficos pode-se resumir o jogo entre Conte-Ville e Kleyborn como uma pelada de fim de semana e os expectadores como a maior reunião de plantadores de batata dos Países Baixos. Conte-Ville declarou “a frugalidade é bem tratada em Oslo. Furar o cerco calórico é pura especulação”. Kleyborn não foi encontrado. Apesar de ter dado, naquela noite, duas entrevistas, ao vivo, na tevê de Kuala Lumpur.
Rui Werneck de Capistrano é um curitiboca do balacobaco e deve ser lido urgentemente e sem pressa.
 Adoro o Rui, que está sempre no blog do meu querido Solda (de endereço novo, atenção) e hoje no Chapéu.

4 comentários:

  1. My dear San, sempre generosa. Dr. Capistrano e seus textos amestrados estarão todas as sextas-feiras no Cestão Literário do blog do Meu Chapéu. Bjus.

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  2. Toda sexta? Usucapiu o Werneckão, Lee?
    Boa pedida! O cara é mó comédia, com qualidade.
    bjuxxx

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  3. Vim ver o que se passa por aqui. Confesso que gostei. Os clipes com uns caras do meu passado distante... pegam pelo pé da alma. Quanto aos meus textos, teste-os quanto quiser. Não são vacinados, mas só contagiam que for vacinado contra o que tem por aí. Abraços, Werneck

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  4. Queridão!
    Maravilha tê-lo por aqui, great honor!
    Seus textos são um sarampo, uma catapora, qualquer coisa bem peguenta. E deixam marcas, boas marcas ;)
    Venha sempre.

    Abraços

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