quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Paixões de uma dona de casa alucinada

A cada dia que passa esta lady que vos tecla se certifica de sua crescente loucura excentricidade. Hoje concluo, por exemplo, que minha paixão pelos homens depende de serem eles de algum modo parecidos com o Josh Hartnett ou o Johnny Depp ou o Benjamin Bratt ou o Robert Downey Jr. Por quê? Not a clue. Ou terem a atitude de um Jack McCoy ou de um Michael Cutter, de um Alan Shore, um Larry Paul. Essa eu sei: tipo advogado phodão, me arrepia.

Mas sou apaixonada também, há muito, pelo João Bosco e pelo Ahmad Jamal. Apaixonada mesmo, poderia me casar com um deles. Ou ambos. Contanto que eles me deliciassem com sua arte quando eu assim o quisesse, no elevador, na mesa da cozinha, no quarto da empregada.

Imagina só eu preparando o almoço de um domingo chuvoso, bebericando um vinhozinho, e de repente poder gritar de leve lá pra sala: Ahmad, honey, toca Poinciana pra mim enquanto eu dou uma flambada nesses pitus aqui?

Ou: João, já te pedi mil vezes pra não cantar "mostra/doeu?/ainda dói?/a voz mais rouca..." quando eu estou fatiando o alho poró. Eu me corto de emoção, benhe! Olha só o que eu fiz, chupa aqui o dedinho pra estancar o sangue. Aí, coisa mais fofa!

Já seria doidera suficiente, não fosse pelo fato de eu também nutrir uma certa apreciação por cartunistas. É o talento, gente, a estrada pra perdição. Aqueles traços vivos no papel, aquelas sacadas geniais. E o humor? Quem resistir há de? Homem sem humor é uma tragédia.

Por exemplo, o Solda, o cartunista Luiz Solda. Diz que, em algum lugar do passado, à famosa frase de John Lennon, o sonho acabou, Soldinha retrucou de bate-pronto: "mas ainda tem cuque".

Só dando um bejunaboca de um cara desses. Culpa não é minha, é do talento dessas criaturas de Deus.

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