sexta-feira, 14 de maio de 2010

A briga do Beco no blog do JB Vidal: è finita la contradanza

Reproduzo aqui meu último comment no blog Palavras, Todas Palavras, no post onde Roberto Prado (na foto qual Émile Zola fazendo o J'accuse) critica o que foi dito sobre Wilson Martins, o morto. Porque o próprio mestre blogueiro diz que vai deletar a coisa toda em 24 horas e eu pretendo deixar meu comment bem lível pra quem se interessar em lê-lo. Quem não acompanhou o quiproquó é só ler a bagaça abaixo que vai entender direitinho. Aí vai:

Well, não pensei que isso aconteceria mas eis-me aqui de novo. Fato é que eu havia ativado a notificação de comentários recentes, modos que, tudo o que se passa por aqui me avisam lá, não tenho sossego. Vou desativar a coisa pois a discussão já se esvaziou totalmente, no meu entender. Mas quero antes deixar uns últimos registros:

1. não entendi o porque desse post ser  "deletado da rede e arquivado". Não vejo razão para esse tratamento inusitado, mas não estou arguindo, o blog é do sr. JB  Vidal, se ele quiser parar o jogo, botar o blog debaixo do braço e levá-lo para casa, no que me concerne ele pode fazê-lo.

2. Roberto Prado provou uma vez mais ser uma pessoa extremamente gentil e elegante, ao contrário do que foi dito a seu respeito por vários comentadores desde o início desta discussão. No que me diz respeito ele nem precisava ter-se desculpado por absolutamente nada, pois a palavra "bullshit" , desconsiderando-se o fato de a mesma não ter sido interpretada corretamente, trazia sua pretensa ofensividade atrelada à tradução, não estapeava a cara do leitor como a expressão "merda inglesa".

3. As ofensas aqui dirigidas a Roberto Prado superam largamente em número e grau a que ele poderia ter dirigido ao morto, fosse esse o caso, o que definitivamente não foi, pois Roberto Prado criticou os comentários que contemplavam a obra do morto, coisa que deveria ter sido entendida em primeiro lugar por esta plêiade de literatos que aqui se reúne.

4. Como eu disse no meu primeiríssimo comment, respeito a pessoa que foi Wilson Martins, mas isso não me obriga a admirá-lo profissionalmente e, de fato, não o faço. Acho que apesar do seu vasto currículo pontuado por uma ou outra circunstância digna de nota ele foi, no geral, um crítico tendencioso e obtuso, além de um escritor aborrecido e professoral, cujo texto mostrava a agilidade de um comboio subindo a serra, motivos pelos quais eu jamais me interessei em ler mais que uma ou duas linhas do que ele publicava, deixando logo de lado o assunto com um suspiro entediado.

5. Tenho amigos que estiveram comentando esse post e nunca viram seus comments publicados. Eu mesma havia mandado um último, na primeira leva, que nunca apareceu. Como acredito que possa ter ocorrido algum erro independente da vontade do mestre blogueiro, não aventarei outra hipótese para o não aparecimento de tais comments. Por via das dúvidas estarei publicando este, tal qual o vemos aqui, no meu próprio blog, o Nervosa, para quem o quiser consultar após ser o mesmo aqui deletado.

http://nervosa-san.blogspot.com/

6. Por último quero reforçar a idéia que motivou toda esta discussão: Wilson Martins é morto, pena para quem gostava dele mas, em termos de arte e cultura pouco se perde. Não foi gênio, como alguns que ele criticou, nem santo, nem herói, nem mártir, nem vilão, apenas um paulista que gostava de temperar sua crítica a artistas paranaenses forçando a mão no sal da injustiça. Não vou pranteá-lo jamais, ele não é para mim um querido intelectual.

Termino minha ponderação lembrando que a palavra em Inglês usada por Roberto Prado significa o que nós aqui entendemos por "papo furado" e nada mais: tudo o que foi dito no post que Roberto Prado propriamente chamou de "bullshit" não passou de... bullshit.

18 comentários:

  1. Minha mãe sabiamente já dizia San: "Os cães ladram mas a caravana passa"...
    Portanto é esperar o tempo passar, pois sem dúvida sempre poderá haver confusões quando se tem opiniões divergentes e diferentes, mas penso eu que a unanimidade seria muita burrice !!!
    Que você continue dizendo sempre o que pensa.
    Beijo e bom final de semana sem mais trovoadas rsrsrs.
    Ale

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  2. muito barulho para pouco suingue..

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  3. Ale,
    oie, querida! Pois é, mas nem todo mundo vê as coisas com essa clareza, né? Daí o lero... Well, como dizia o filósofo BBB Bambam: Faiz partchi.
    Bom findi pra você também, com o sol possível, e valeu a força, sis ;)

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  4. Ester,
    gostei desse seu mix de Shakespeare e Wilson Simonal, haha. Bisous, chérie

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  5. San, eu não aguento mais aquilo lá. Hoje, fiz meus últimos esforços. Está parecendo aquela fábula do lobo e do cordeiro, sei lá, ou um filme de terror futurista. Esgotei o meu repertório... Beijos e obrigado pelas tentativas de transformar a coisa em sã consciência.

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  6. San e Roberto Prado:

    Esqueçamos os defuntos.
    Ambos, todos. Inclusive os insepultos.

    Solda

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  7. Como assim San e Roberto Prado? Isso tá parecendo notinha em coluna social:
    San e Roberto Prado em jantar beneficente no Country Club na última quarta-feira (jantar de rico é no meio da semana, se liguem). Sanny excepcionalmente linda, voltando de dois meses no sul da França, onde foi tratar de assuntos de herança. Bobby todo sorrisos após ter vencido o Manhattan Bank Prime Golf, no São Paulo Golf Club, tendo feito um hole-in-one espetacular na última rodada. O casal foi o centro das atrações uma vez mais.

    O único senão nesta nota é o problema que eles vem enfrentando com uma bullshit do tamanho de um caralhal no blog do JB Vidal. Bola preta pra isso.

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  8. Bobby
    cê não tem nada que me agradecer, voltei lá porque quis, por mim mesma. Ai, que bolorento aquele papo. Parece que a gente entra na ala geriátrica de um hospital de textos, socorro.
    Largue mão. Vamos viver a vida, respirar ar puro. Esqueça essa estória, não dê mais ibope.
    Como diria o Jovelino Venceslau dos Santos, do Chico Anysio: eu sô jovem pô, jovem é outro papo!

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  9. Valeu, San, obrigado. Acho que era isso que eu estava sentindo e não sabia exatamente o que estava me incomodando. Você sintetizou bem. Soube que o Solda tem um histórico ruim com o mesmo personagem. Vi agora mesmo que o Ivan também tentou dar o ar de sua graça por lá e o cara nem aí... Sankiú!

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  10. Ioruélcam, mas não tem de quê mesmo, Bobby.
    É, eu vi o Ivan desperdiçando o charme dele por lá. O pessoal da banda de cá devia esquecer essa funestice. Tem coisa que não adianta e, depois, tanto trabalho a troco de quê? Bom, não posso falar por vocês mas, pra mim, não vale a pena. Quer bolor saudável compre um bom queijo francês bolorento. O Dico indica, é expert.
    E o golf, indo bem? haha

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  11. Que maravilha, amei,adorei,vocês foram o máximo!!!É isso mesmo, deixa as teias na geriatria e conta aí qual era o cardápio do magnífico jantar...

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  12. Do Graciosa?
    Ah, aquelas coisas de sempre, crevettes à la crème, coq-au-vin, sole au fromage, mignon au poivre, mais arroz branco e batata palha. O usual em que você paga os tubos pelo padrãozinho camarão, ave, peixe, boi, saca? Afinal, sendo o evento beneficente, o pessoal se sujeita a um perrenguezinho, de boa. Vale o congraçamento, haha.

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  13. Gente,
    Não acredito! Uma academia que passa a borracha no que não lhes desagrada da história?
    Algo depois de publicado, ainda mais em rede, já é patrimônio público cultural. Inclusive o fato de o blogueiro tirar o comentários de várias pessoas. Isso já está na história, se realmente acontecer.

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  14. Pois acredite, Bonita Lina. Ele acaba de postar um reforço a essa idéia, tá lá.

    Mas tipo, c'mon! Vamos parar de ir espiar a ala geriátrica do hospital dos textos. Estou sentindo teias de aranha e traças pra todo lado. Não quero isso na minha vida, uia.

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  15. com sua permissão san vou postar um comentário:

    Publicado por Roberto Prado em maio 14, 2010 13:50 pm às 13:50 pm r r edit

    Caro Vidal realmente, relendo o post e os comentários que geraram esta confusão, vejo que as suas observações sobre o Wilson e sua defesa enérgica e intransigente da capacidade criativa dos poetas e a sua indignção por ela não ser acompanhada pela crítica dita “especializada”, estavam realmente incluídas nos comentários e não no corpo principal da matéria.
    Talvez por ser você o editor do Palavras, eu o tenha excluído, inconscientemente, do número dos comentaristas. Mas isso não desculpa a minha falha. Então, cabe novo pedido de perdão, agora com base neste fato concreto em especial. Indo mais além, concordo com a sua premissa, expressa no comentário e não no corpo do post e que eu faço questão de reproduzir aqui a sua mais concentrada síntese: “fingem fazer uma análise metodológica e atribuem a uma sensibilidade que eles NÃO tem, para elevar alguns e DESTRUIR outros”. Suas palavras, sábias palavras. Palavras de quem mantém um espaço dedicado à divulgação da poesia, seja ela escrita por novos ou consagrados. E isso não é e nem nunca será “bobagem”. Aliás, Vidal, eu cheguei a esse seu espaço seguindo uma indicação de boa poesia, na figura do seu múltiplo e talentoso conterrâneo Luiz Rettamozo. E, ao chegar aqui, vi que você divulga os trabalhos do Áttila, do Padrella, do Kambé, entre outros de grande valor seja na forma, seja no conteúdo, seja na capacidade de invenção. Isso sem contar a grande quantidade de grands clássicos trazidos das literaturas de diversos países. Por isso, ousei comentar. Se a minha presença entre os leitores e comentaristas o incomoda, tudo bem, paciência, eu me recolherei ao “silêncio obsequioso” de minha insignificância. Vidal, escrevi estes esclarecimentos para não recair naquilo que comentarista San adverte nas palavras e nas entrelinhas, que é cairmos em um diálogo de surdos-mudos que não conhecem a linguagem de sinais.
    Obrigado, Vidal por defender os nossos poetinhas acima de tudo e perdão se deixei transparecer, involuntariamente, em algum momento, que você pudesse ter agido de outra forma.
    Paz pra você também!
    ===========

    obrigado san.
    J. B. VIDAL

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  16. e mais este:

    Publicado por J B VIDAL em maio 15, 2010 19:38 pm às 19:38 pm r r edit

    meus caros,

    este post, acima, foi escrito como defesa de um ataque sofrido na matéria que noticiava o falecimento do wilson martins e os comentários constantes até aquela data. passados os dias, 5 exatamente, o sr. roberto entra em contato, via comentários, faz suas considerações e pede desculpas pelo ocorrido. ora meus caros, quando um homem reconhece o seu erro e se desculpa já não pode ser aquele descrito no post nem é merecedor das duras palavras que o qualificavam em razão de representarem a defesa dos leitores, colaboradores e amigos, segundo o meu entender no momento. o caráter do sr. roberto foi resgatado por ele próprio, através de suas intervenções acima, desfazendo com toda a nitidez a impressão que se tinha a partir do vocábulo em inglês.
    o POST perdeu seu sentido originário, portanto, já não significa mais nada. não há mais razão alguma para ficar na rede mundial expondo o sr. roberto a comentários que virão, originariamente equivocados pela ausência de motivos. por conseqüência, os comentários, aqui, também perderam suas razões de permanecerem, esvaziaram-se. são esses os motivos que me levam a deletar o post e seus acessórios.

    Cordialmente,

    J B VIDAL
    Editor

    E. T. não moderei nenhum comentário, se algum não entrou foi, com certeza, “barriga” do provedor. foi bom saber, ivan, porque posso estar perdendo outros. já entrei em contato com o wordpress. obrigado.
    ============

    obrigado san,

    J B VIDAL

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  17. San, vejo que o Vidal finalmente visitou o seu blog e deixou aqui as suas considerações.Na verdade, como o Ivan comentou, o maior problema lá no post original, aquele que falava do Wilson, era bem outro que, no fim, depois que apareceu a minha foto estourada cercada de palavrões, acabou ficando em segundo plano. Então, brochou. E E fica essa coisa pendente...

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  18. Beco querido, eu sei. Pura bullshit.
    Vamos adotar um mantra em resposta a futuros comentários. Lembra da última fala de E o Vento Levou, de Rhett Butler para Scarlett O'Hara?

    Frankly, my dear, I don't give a damn.

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