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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Hard

Em algum lugar, debaixo desta carapaça de tédio da vida, em algum momento entre as angustiadas antenas do antes e do depois, deve existir uma eu bem maciinha. Ou pensei nisso meu bem, por pura fome.

Não é lindo o vermelho lagosta? Poeta comentava comigo uma arte encomendada ao Cesar Marchesini.
Discutíamos cores. Sugiro: vermelho lagosta? Amarelo papaia? Ameixa? Berinjela?...
Ele: - Por favor, sugira as cores você. Eu não levo jeito pra dizer essas coisas.

Tão calabrês. Nele eu acho graça.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Declaração de amor


Roberto Béco Prado, amor de colelgua, mandou esse video.
Porque me conhece bastantinho. Porque sabe bastantinho dos meus amores e dos meus desamores.
Sabe, por exemplo, o quanto eu amo o som chamado jazz, e o quanto eu vomito no que hoje se intitula música prapular brasileira.

Bekão sabe que, from the bottom of my heart, eu não sou brasileira, sou americana.
Gentílico genérico, aqui aplicado com sentido específico, americana quer dizer, no idioma do mundo,
 norteamericana. Of course.
A América Latrina não produz americano, na noção do mundo. Produz latinoamericano, que é outra coisa.

Compilem todos os erros dos americanos, todas as falhas, todas as babaquices, o que quiserem. Atirem as infinitas primeiras pedras. I don't care. Babaquices brazucas me torram muito muito muito mais.

Caminhar pela ruas de NYC, ouvindo a música de NYC. Black music, que seja, toda essa coisera que hoje se remexe no melting pot da música, vá lá. Melhor que o lixo sonoro que hoje aqui se chama sertanejo e, para atestar a sua, abre aspas "nobre" fecha aspas, procedência, aglutina-se-lhe o adjetivo universitário. Procede, uma vez que o nosso nível universitário está abaixo do cu da cobra. Waaay down the snake's asshole, diriam na Bahia. Axé music... another crap by the way.



No último fim de semana, em que desgraçadamente se comemorou o Dia do Trabalho, passei o sábado ouvindo a passagem de som, e o domingo ouvindo o som propriamente dito, de dezenas de escrotices musicais.

Padres cantores, covers do esquelético rock nacional, gospel desvirtuado, breganojo, pagode, imagine toda a casta dos analfabetos musicais que, por terem aprendido rudimentos de um instrumento qualquer que produz som, pensam que fazem música. Para uma plateia de degenerados mentais que pensam que estão ouvindo música.

Aliás (parênteses superimportante), os caciques que autorizam toda essa lepra sonora, que assola o Centro Cívico em datas co-merda-morativas, deviam botar a mão na consciência (difícil botar a mão naquilo que não se tem, mas que vá) e reduzir a nhaca pra um terço, um quarto, das nefastas horas atualmente permitidas. Melhor: transferir os festivais de nojeira para o sítio da Praça Rui Barbosa, que tal?

Imagina isso: a passagem de som começa no sábado, às 07h30 da matina, pleno volume e, obviamente, se estende pelo tempo que todas as lacraias precisam pra completar a nhaca.

No glorioso domingo a gente é derrubado da cama pelo bradar histérico-ansioso daquele padre. Sabe quem, não é? Deve saber. Tem dúzias por aí. Breganojo frustrado que achou, na maldita missa cantada, um outlet pra todo o lixo que reverbera em suas entranhas, a que ele provavelmente chama talento e inspiração divina.

Padre cantor, compositor, tocador de viola, o raio, devia ser excomungado. Já não bastam os pederastas e pedófilos que a Santa Madre nos empurra goela abaixo??? Vão sifu.

E aí a coisa flui. Como um vasto e caudaloso rio de merda sonora, domingão adentro e afora.

Você mora no Centro Cívico ou imediações? De duas, uma: ou você faz parte da legião dos nanicos mentais e se delicia com a podreira, passando o final de semana em estado de desgraça, ou você faz parte das magras falanges das pessoas de bom gosto, e se martiriza hediondamente durante um interminável final de semana, em que seus tímpanos são estuprados seguidamente por sons asquerosos, horríveis, e nojentos.

Quem permite que isso aconteça, comete vários crimes ao mesmo tempo, um deles o de emburrecer ainda mais o povaréu ignaro. Coisa bem triste, a que quase ninguém dá a devida importância.

Eu? Passo o final de semana toda com meus ouvidinhos tamponados por silicone. Obrigando MyLove a me catar toda vez que quer dizer alguma coisa, sussurrando um delicioso e impaciente "Venha aqui, surdinha!"

Well, é preciso tirar alguma pérola desse chiqueiro sonoro...

Então, pra fechar a ideia: imagine o que seria trocar essa plêiade de párias musicais, pelos músicos de rua de New York, especialmente pelos jazzistas? Seria como se eu tivesse um ponto G em cada ouvido, mais ou menos.

Por isso, e não só por isso, junto-me devotadamente ao coro dos bem-aventurados que declaram:

♥  New York

Obrigada, Bekão. Doce de pessoa. Com filhos liiindusss. Família Prado: gente boa da melhor qualidade.

A agora, para algo completamente delicioso, Ella the diva, and Louie, the Satchmo, cantando o que os meninos do vídeo lá em cima estão brincando: Stompin' at the Savoy, um big band classic, escrito em 1934 pelo saxofonista Edgar Sampson (w/ Benny Goodman, Chick Webb?), em homenagem ao Savoy Ballroom, uma espécie de "gafieira", mutatis mutandis, no Harlem, onde blacks & whites se entendiam perfeitamente, vivendo jazz.






Savoy, the home of sweet romance
Savoy, it wins you with a glance
Savoy, gives happy feet a chance
to dance

Your form just like a clinging vine
Your lips so warm and sweet as wine
Your cheek so soft and close to mine
divine

How my heart is singing
While the band is swinging
Never tired of romping
And stomping with you at the Savoy

What joy  a perfect holiday
Savoy, where we can glide and sway
Savoy, there, let me stomp away 
with you


quinta-feira, 28 de abril de 2011

Mais de mim

Quando estou meio de saco cheio gosto de falar sobre coisas só minhas.
Hmmm... estive pensando pensamentos sobre os quais falar hoje.
E pensei:
se vocês não iam se torrar com a minha falação tão em mim mesmada;
no estrilo dos meus detratores;
na sanha da aflicetas retards.
Na sequência, fuck off.

A coisa é simples: quem não quer ler minhas little pumpkins, não entre aqui e pronto.
Ninguém encosta um tresoitão na nuca de ninguém mandando ler La Nerviosa.
Quem se dá o trabalho de vir até aqui, de duas, uma: ou gosta de me ler ou gosta de sofrer.
A escolha é livre.
Dó não tenho, de ninguém. Nem mesmo de mim.
Se você vem aqui pra sofrer, passah rêiva, dane-se, xará.

Enquanto isso, lembrei de um bom assunto: o nome Nervosa.

Não, ele não é mais uma mostra do meu egocentrismo. Ou ao menos não só isso.

Já disse antes mas, não custa repetir. O nome é homenagem ao seriado Kramer.
Ficou no limbo? Google.

Um dos melhores tv shows ever.
O café, onde Doc Kramer ia rotineiramente, se chamava Nervosa. Daí o nome.
O fato de eu ser toda nervosinha vem em segundo plano.
Mas fohmô, não fohmô?

Agora o assunto que eu estive pensando: minha coleção de parfums. Français, bien sûr.
Adoro.

Nada de perfumes domésticos, pleez. Muito menos os door-to-door. Poupem-me.
Como dizia Maman, pobre não devia usar perfume.
Se você não tem recursos pra usar perfume bom, sabonetinho e desodo. Só.

Mas. Cada qual faz a bobeira que acha mais legal. Pior que isso tem gente. Ô se tem.

Voltando à minha coleção. Gosto de usar perfume pra compor a atmos.
Principalmente se a atmos for a noite do meu bem.

Assim: cada parfum tem um cenário, um figurino, um roteiro.
Na cabeça da gente, whoa.

Last night usei Ange ou Démon, de Givenchy.
Com minhas unhas curtas pintadas de vermelho.
Curtas de ange, vermelhas de démon.

Anjo e demônio. Bom demais da conta.
Minutos, horas, sem fim.

Da próxima, le parfum será outro.

The way we like it.
Tradução: gosta que se enrosca.


Bjuxxx. Depois dou outra passadinha por aqui ;)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Conclusão. Que meus caros amigos merecem conhecer

Depois de confabular cameral e deliciosamente com o Senhor de Todos os Meus Anéis (yeah), chegamos à conclusão de que o melhor, pra atravessarmos esta fase de ataques aflicêticos, seria prescrever uma quarentena ao Nervosa. Ou.

Or what? Ou abrir mão da liberdade que sempre reinou por aqui, e lascar-lhe um moderador de comments. Ou retirar os comments. Que sempre poderão chegar via email, vocês sabem. Sorry 4 dat. But. Os inocentes pagam pelos pecadores.

(Nuóssa, em pequeninha sempre ouvi Maman e Vó Canda terminarem seus cochichos com essa chave de ouro. Nunca entendi o que esse cumulus nimbus filosófico realmente significava, quero dizer, sempre achei tri-injusto. But. There it is. O injusto é onipresente.)

Tenha paciência, meu amor, disse ele. E eu: Toda, coisa mais querida. Toda.

Afinal, como eu sempre digo, ele é meu rock star, meu Mick Jagger (e ele ri aquele riso de dilacerar de paixão: Sei...) haha. Tá assim ó, de pretendentes a prima pobre da Luciana Jimenez por aí. A gente esbarra com uma em cada esquina, pelo menos. Oh! tédio.

Mas, verdade seja dita, eu entendo. Mylove é cheeeeeeeeeeeeio de predicados, um maior que o outro. Um doce, um meninão, o namorado. Não tem quem não quisesse ou não gostasse, ou não desejasse, ou não invejasse. Ser ou estar. Mas.

Fazer o quê? É único. Não tem clones (embora eu viva pensando que esta seria a melhor solução para o caso de reuniões intermináveis, haha), não tem decoys, não tem irmão gêmeo.

E, cá entre nós, mesmo que tivesse, essa condição não abrangeria a genialidade, que é só dele. É fato. Sabe o que é um cara genial? Ele é. Full time. Full jazz. Comigo, ainda mais. Maior gracinha. Sorry, periferia. O lance da química até existe, hoje sei, parafraseando RC com sua felicidade lá lá lá, o que é que você tem, conta pra mim.

Existe uma expressão árabe, yazul: tudo passa. Se, e only se, isso quer dizer nada dura pra sempre, então, como já escancarou o coleguinha, que seja infinito enquanto dure. Assim seja.

Enquanto isso, peguem senha e entrem na fila, afli-ladies. Que eu tenho mais o que fazer. Com ele, of course. Tudo do bom e do melhor. Ai, e como é bom! E como é melhor! Muito, mas moooito mais, do que possa sonhar vossa vã filosofia.

E, de repente, não mais que de repente, a mensagem cintilante no meu cell, do meu céu, caps lock as it goes:

"EU NÃO EXISTO SEM VOCÊ"

Resistir, quem há de? Bico doce, galanteador, totoso. Don Juan de Marco que se cuide. Mesmo em se tratando de Johnny Depp, o meu Johnnyzinho. Que nessas alturas está no banco, regra três, watching and learning ;)

Então, dando os trâmites por findos, desejo-vos a glorious, perfect day.

Que os bons conheçam, em algum momento, alguma coisa do êxtase. O verdadeiro, não o de laboratório. Um bom inimaginável, de virar os olhinhos, gemer sem sentir dor. Por isso o codinome de Mylove: Ecstasy.

Bjuxxx da San



sábado, 2 de abril de 2011

Oh, vida!

Obs: aqui era pra ter uma imagem provocante, daquelas que eu costumo postar quando falo sobre mim mesma. Freud explica (ou tenta). Mas alguém responsável por isso no Blogger está de tpm então, não rola. Sorry. Try later.

Crianças:  a pobre San continua encrencada no trabalho e, como vcs sabem, o patrão é Sinhô Leôncio, aquele tarzinho que amarra escrava no tronco e, dá-lhe chibata no lombo. Espertinho ele.

Então assim: passo aqui, vejo os comments, e vazo. Por enquanto, that's all, folks. Sorry.
Tenham paciência. Quando a coisa estiver mais nos trilhos, ritornerò.

Enquanto isso, não deixem de visitar os blogues dos meus amigos, que são muito gente fina, quase sempre (hihihi)

Bjuxxx mis
San

Ah, só um bafo:

Anteontem  - finally - conheci o queridíssimo Cesar Marchesini. Cesinha, il Magnifico.  
Ai, super hiper blaster estrambulilar! Gênio total. Gente boíssima. Adoooro.

Ontem o Solda foi falar com Sinhô Leôncio, mas bem na hora que eu tinha saído pro almoço, irra!

Sol, agora vc vai ter que ligar pro Cesinha e perguntar como que eu sou.
Se ele não repetir todas as lorotas que me disse, mato ele! Huashuashuash

Fui, gentem. Comportem-se.
Ou não ;) 

Ailoviús

segunda-feira, 21 de março de 2011

Crianças, comportem-se


 Tia San está indo trabalhar. Na volta responde os comments e entrega mais algum babado. 
 Comportem-se, enquanto isso. 
 Ou não, mas depois não chorem se não ganharem jujubas... hmmm

*Smacks* Até depois, amorecos (curtiram o meu Toskshop? como diria o Jopz: segundona podreira).

domingo, 13 de março de 2011

Uh! Mambo!

Vamos começar a semana

com um vibrante ritmo latino, bom pra espantar a tristeza. Aí está Michael Bublé, the Canadian pop/jazz singer, que ganhou miles prêmios e esteve/tem estado na Billboard por intermináveis semanas. O que eu acho? Ele chega lá. Ainda tem chão pela frente. Estou de olho.

Mas como eu não poderia deixar no ar uma alegria impune (sou gótica, lembram?), ai vai uma melô funerária, escrita por uma das minhas bibas favoritas, o grego Georgios Kyriacos Panayiotou, aka George Michael, cantada por seu 1/2 xará, o Michel Bublé. Atenção: prefiro essa versão mais jazzística but don't fool yourself, a biba canta com muito mais gana. Biba entende de chagrin d'amour, meo. Confira aqui. There's something there that can't compare to any other. Yeah. You must have been kissing a fool, hon.



sábado, 12 de março de 2011

O mundo vai acabar no ano que vem. E eu nem vivi!

Nunca tive sorte no amor...

 ... well, pra falar a verdade, muito menos no jogo.


Nunca tive a casa aconchegante que eu sempre sonhei...

... se bem que, na verdade, eu sonhava mais pra assim.


Nunca tive o carro que eu queria...

... muito menos com os opcionais que eu desejava.

Não tive quantos filhos eu gostaria de ter tido...
 ... ainda daria tempo. Até investiguei isso, a sério.

Nunca cheguei à grande escritora que eu queria ser...
George Eliot
... ham ham, se bem que eu pensei numa coisa mais assim.

Nunca fui à cidade com que tanto sonhei na minha juventude, 
quando morria de amores por um italiano...
... err, pelo menos em época de enchente, foi bom eu não ter ido.

Nunca me casei com o cara que eu queria...

e nem me casaria, ainda que o mundo não acabasse no ano que vem, pois ele é casado forever.

Nunca fiz uma loucura...
... ok, não me refiro a cheirar todas, em público ou não,
feito a dona top Catarina Musgo, aí.
Se bem que, deixa ela na dela.
Conheço muita cheiradora que se deu bem melhor que eu na vida, so...


Enfim, nunca fiz nada sensacional, ou bacana, ou interessante, que tivesse valido uma vida.
Mas agora é tarde. O mundo vai acabar no ano que vem.
E tudo o que eu espero até lá é pagar minhas contas em dia.
Patético. Eis aí a imagem da minha tsunami particular.

This is how my world ends.
Bonito tom de azul, ao menos.
Combina com a cor do nosso planeta, visto lá de cima.
Hee, hee, sempre gostei de combinar coisas.

Ah, ia esquecendo do mais importante:
mais que tudo, queria ter sido uma 
jazz diva




Se eu tivesse voz pra cantar jazz, 
cantaria sobre os escombros do mundo, até não poder mais.
E provavelmente morreria feliz.
Acho que acabo de chegar à conclusão
de que a coisa que eu mais amo no mundo é jazz.
It begins to tell
'round midnight, midnight
I do pretty well till after sundown
Suppertime I'm feelin' sad
But it really gets bad 'round midnight
Memories always start 'round midnight, midnight
Haven't got the heart to stand those memories
When my heart is still with you
And ol' midnight knows it too

Reflexões de uma tarde de sábado já no seu final

"Quem somos nós, quem é cada um de nós senão uma combinatória de experiências, de informações, de leituras, de imaginações? 

Cada vida é uma enciclopédia, uma biblioteca, um inventário de objetos, uma amostragem de estilos, onde tudo pode ser completamente remexido e reordenado de todas as maneiras possíveis." 
Italo Calvino


Certo, certo.
Problema é quando nada é remexido nem reordenado e fica ali, feito um santuário, se cobrindo de pó, apodrecendo, dia após dia, fedendo e tomando o lugar de experiências novas.

Aí, o que resta é a gente fechar a porta da biblioteca atrás de si e ir cuidar da vida.


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Seguinte:

Eu deveria estar mancando minha doce figura na medina hoje, atrás de 2a.via de dicomentos que eu andei enfiando sabedeus onde. Bom isso, não? Adoooro perder dicomentos.

Pero, Mi Jefe me mandou mais um daqueles trabalhinhos pra semana passada. Cessa tudo o que a antiga musa canta, que outro valor mais alto se alevanta, diria o Diabo Zarolho.

Dessa forma não poderei responder seus amáveis comments como gostaria, nem sassaricar meu sedutor joelho dilacerado pelaí, nem nada. Sou uma escrava branca da publicidade, arrematada num leilão.

 Mercado de escravos (Jean-Léon Gérome - 1884)

Mi Jefe es el dueño de mi tiempo y de mi voluntad. ¿Qué puedo yo hacer, además de obedecerlo? Quando muito arriscar um postzinho dilévs. Charlamos mañana,vale? No os olvidéis de mi, cariños. Hasta mañana.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

ɐɥuıɯ ɐpıʌ ǝp ɐʇuod ɐɔǝqɐɔ


 Tenho andado num breu estrambulilar. Bem punk.

Meu joelho fica me lembrando, toda hora, daquela musiquinha que Vó Canda adorava cantar, enquanto botava roupa pra coarar ou depenava uma galinha:


Ó morena, moreninha meu amor
Você diz que por mim chora, morena
Mentira, morena 
E agora, morena
Dói, dói, dói


Meu joelho dói dói dói sem nem vírgula.
Voltando à musiquinha, vocês podem achar que ela não combina com as situações em que Vó Canda a usava mas, vai por mim, Vó Canda, Fillósofa e Jaguara, sabia sim, o momento certo pra cantar um amor  desandado: coarando roupa ou depenando uma galinha. 

Porque, mes enfants, quando pinta desandamento, a vida da gente

ɐuıqɯoɔ ɯoɔ opnʇ oʇuɐnb ǝ ɐɹıǝɹpod ǝnb ǝs ɐssod ɹɐuıƃɐɯı       

Vó Canda  sabia das coisas.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Bien en la fueto, mi Jefe y yo

Olha, Mr. Phowds Vítrola, take de nós dois conversando. Esquerda tu, direita eu.

Agardeçimentos:
Ao Doc Photusfactus, meu gaúcho buenacho, que manda bem em tu-o-do!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Last try

E então, The Lonely Passarinha Azul, desiludida, cansada de tentar alcançar o Passarão Phodástico através de telefone, mensagem de texto, email, os cambau, resolveu se registrar no twitter. Última tentativa.
Tadinha dela.

Lonely Passarinha Azul, sou solidária com tu.

É faca na caveira!

Powha! Se eu ficasse ranhenta de choramingar as vicissitudes da minha vida de merda 
pro Capitão Nascimento, tenho certeza que ele, neura estressada, ia me jogar na cara:

Pede pra sair, Nervosa!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A house is not a home

Odeio quando estou me sentindo maysa. 
Fazer o quê? Meu mundo cai mais que internet discada.
Mas esse tema (Bacharach & David), tocado pelo Bill, dá licença.
Chega a ser bom estar triste.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Caras que eu curto: Norma Jean Mortenson

Filha de mãe americano-escocesa (Gladys Pearl Monroe) com pai norueguês (Martin Edward Mortenson), essa castanha clara transformada por Hollywood na maior platinum blonde bombshell de todos os tempos, é um docinho. E podia ter ficado com tudo do jeito que nasceu, que ainda seria totalmente sexy.

Apesar do que dizem os invejosos, Norma Jean sabia, sim, interpretar. Cantava direitinho, era afinadinha, tinha timing pra comédia, era um pacotão inteiro de talento e beleza.

Órfã (mãe maluca e pai ausente), cresceu morando aqui e ali, de favor. Casou-se aos 16 pra não ter de voltar a viver em orfanato.

Sua primeira foto pra Playboy pagou apenas 50 dólas. Ironia do destino, esse grandíssimo pateta.

Achei que 'aquele presidente' totally crossed the line com ela, o babacão. Sou mais a Marilyn do que o presidente. 

Também curto um Niveazinho, também sou meio órfã, também sempre paro pra pensar onde vai o "i" em Marilyn, também um monte de coisas igual a ela. Gostaria de poder dizer que tenho muitas coisas em comum com a Marilyn, mas não é o que acontece. Infelizmente são só coisinhas bobas.
Ah, sim, I'm through with love, também. Isso é coisa séria.


I'm through with love
I'll never fall again
Said adieu to love
Don't ever call again
For I must love you or no one
And so I'm through with love


I've locked my heart
I'll keep my feelings there
I've stocked my heart
with icy, frigid air
And I mean to care for no one
Because I'm through with love


Why did you lead me
To think you could care?
You didn't need me
For you had your share
of slaves around you
To hound you and swear
with deep emotion and devotion to you


Goodbye to spring and all it meant to me
It can never bring the thing that used to be
For I must have you or no one
And so I'm through with love
OBS: os erros de Inglês cometidos pela boa alma que fez esse video, faz de conta que não viu, vale a intenção

Até que enfim encontrei o nome certo para mim


Tá na cara

Que é você e era

Mansa que se afera

De repente já

Sagarana

Soberana rosa

É romã, amora

Pra romancear


Doce-amara


Fogo em cachoeira

Água que queima

Que dá cheiro ao chá

Nave rara

Voa branco, garça

Voa lento, rasa

Pra se assenhorar

She walks this earth


Ivan Lins, um capítulo a parte na história das minhas paixões.
Essa melô ele compôs com seu indefectível parceiro Victor Martins e com o Chico César.

Ivan é um dos melhores arranjadores em qualquer parte do mundo, excelente instrumentista e melodista, além de ter uma voz sensual, muito charme e ser bunitu pacaramba. E simpaticíssimo. Adoro.

Além disso, me arrumou o nome ideal.
De hoje em diante Soberana Rosa será meu tema oficial e meu nome passará a ser Sandra Docia Mara.
Muito obrigada, senhoras e senhores. Tenham todos uma boa noite. Eu terei.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Doce Pássaro da Juventude 2: o regresso da inconformada

Aos forasteiros vou explicando o que os habitués já sabem: o Tennessee só reforça em mim o horror à idade.

Todos - incluindo meus arquiinimigos - deveríamos envelhecer biologicamente até os 30/35.

Daí pra diante a gente podia desencarnar a qualquer momento, mas a figura que se expõe na medina, esta não experimentaria a débâcle.

E tenho dito.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Fernando Pessoa

 Edward Hopper: Eleven a.m.
Na Casa Defronte

Na casa defronte de mim e dos meus sonhos,
Que felicidade há sempre!
Moram ali pessoas que desconheço, que já vi mas não vi.
São felizes, porque não sou eu.
As crianças, que brincam às sacadas altas,
Vivem entre vasos de flores,
Sem dúvida, eternamente.
As vozes, que sobem do interior do doméstico,
Cantam sempre, sem dúvida.
Sim, devem cantar.
Quando há festa cá fora, há festa lá dentro.
Assim tem que ser onde tudo se ajusta — O homem à Natureza,
porque a cidade é Natureza.
Que grande felicidade não ser eu!
Mas os outros não sentirão assim também?
Quais outros? Não há outros.
O que os outros sentem é uma casa com a janela fechada,
Ou, quando se abre,
É para as crianças brincarem na varanda de grades,
Entre os vasos de flores que nunca vi quais eram.
Os outros nunca sentem.
Quem sente somos nós,
Sim, todos nós,
Até eu, que neste momento já não estou sentindo nada.
Nada! 
Não sei. Um nada que dói.

Reflitam sobre isso: se além de deprê e pessimista eu tivesse talento poético, eu seria o Álvaro de Campos ;)
Valeu, Bia. Bjuxxx

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O normal das pessoas (coisa que eu não vivo)

Olá a todos. Tudo bem com vocês, meus queridos?
Como é que está a vida?

Sei que todos tem problemas. Embora não tantos quanto eu, é claro.
Eu tenho mais que todo mundo, porque sou desajustada, não combino com ninguém, tenho um pessimismo inoxidável e não aprecio cães nem gentes, pelo menos não a maioria das que andam aí pelo mundo.

O que me faz refletir que eu até posso gostar de muitas gentes mais, desde que estejam mortas.
Um defunto sempre é mais louvável que um vivente, já repararam?
Morre um canalha e, no velório, sempre aparecerão os que tem mil elogios para debulhar sobre o cadáver.
Não eu, obviamente.
Eu, se abrir a boca em velório, vai tudo pra frente do ventilador.

Mas desculpem a digressão. O que eu quero dizer é: sintam-se privilegiados por fazerem parte do reduzido grupo das pessoas que eu aprecio, haha

Olha como o seu dia já melhorou!

Você entrou aqui como uma pessoa qualquer e sai galardoado como alguém que tem o meu apreço!

Acha pouco?

Entendo: também eu ouço esse tipo de cretinice de certas pessoas e não me sinto nem um pouco privilegiada por estar entre os amados (ou amadas) delas. Principalmente quando tem dúzias e dúzias de "privilegiados".
But then again, eu sou maluka.

Sou tão perfeitamente infeliz que é difícil abalar a minha infelicidade. Ou por outra: minha infelicidade é apenas abalável por alguns segundo. Minutos, em situações excepcionais. Mesmo assim, logo ela se retabelece em toda a sua magnitude e brilho. É uma estrela, a dita.

Então assim: eu tenho uma prima em Sampa, uma feliz moradora do Itaim-Bibi (acho uma graça esse nome, esqueço que é tupi or not tupi e penso em linguagem de criança, acho que por causa dos sapatinhos Bibi, que eu adorava comprar pros meus meninos).

Essa prima era a favorita de mamã, as duas praticamente cresceram juntas, uma espinafrando a outra e ambas se adorando. E essa prima é um primor de pessoa otimista. Ela é tão boa nisso que eu digo otimista querendo dizer excelentimista, até. A Be me dá na neura pessimista. E ela sabe disso. E se compraz.

Ela vive me mandando aqueles pps (passa pra sentir) melosos, que enchem meu notebook de formiguinhaz.
Que saco! Ela sabe o quanto eu odeio pepeesses melosos. Manda pra phudeh mesmo, manda rindo.

Uma santa lazarenta. Como de resto a maioria dos santos.

Já pensaram sobre isso? De como os santos nos olham com superioridade?
De como nos veem lá de cima, pensando: Ô raça! Ô gentinha pra só fazer mehde!
Com certeza eles pensam assim.
E quando a gente reza pra eles, pedindo aquela mãozinha providencial naqueles assuntos que Deus duvida e o Diabo gosta, eles devem balançar a cabeça, fazer cara de santo, que é um mix de desprezo com desapontamento, e pensar: Ainda por cima uns pidunchos, uns incompetentes, ô raça! Não fazem nada sozinhos!

Mas eu entendo o tédio dos santos em relação a nós. É como eu me sinto em relação à humanidade.

Voltando ao assunto (eu quase dizia "voltando à vaca fria" mas, percebi a tempo, prima Be poderia interpretar mal) a prima me mandou hoje um pps de criancinha. Chama-se (sim, pps sempre tem nome) "Crianças Aquecem a Alma". Procurem na internet, preparados pra uma alta nos níveis de glicose. Não recomendo aos diabéticos.

De verdade, acho que crianças são a coisa mais legal do mundo. E por gostar tanto de crianças e detestar cachorros, não suporto que tratem estes como se fossem aquelas, presta atenção!

Minha irmã tem duas lhasa apsos (que eu chamo carinhosamente lhaza...rentas a postos) pra quem ela diz, toda vez que eu chego à sua casa: "Olhem quem tá aqui: a tia San!" E eu, internamente, esboçando um risinho muito fake: "Tia, o caraca!"

Bem, ainda não acabei essa conversa, mas acabei. O dever chama (em Inglês "o dever" é "Avon"). Patrão vem almoçar aqui, tenho de me aviar! Comprar uma gororoba pronta, claro.

Desejo a todos o mais perfeito dia possível, dentro dessa merdez em que se vive.

Deixo-vos com a seguinte reflexão:

Justiça seja feita, pensei que jamais me ouviria dizendo tal barbaridade mas, que saudades do Lula!
Explico: a moribundona da preposta dele não abre o bocão dentuça pra dizer powha nenhuma desde que foi entronizada. Com isso a gente perde em humor.
Já imaginaram quanta palhaçada o Lula já teria dito até agora sobre a crise do Egito e o Hosni Mubarak Obama?

Pensem nisso. Mandem seus pitacos. Quem mandar o melhor, ganha post neste egrégio blog.
Nuóssa! diria o Solda, debochando muito.