sexta-feira, 9 de julho de 2010

O Poeta e eu

Poeta excelente, de grande erudição. Seus versos, no entanto, são sentidos por toda e qualquer pessoa.

Muitos amores, nenhum imortal, todos infinitos enquanto duraram. Uma legião de apaixonadas.

Grande letrista, escritor, autor teatral. Afastado do Itamaraty por circunstâncias pessoais.

Não, não estou falando de Paulo Vitola. Estou falando de outro poeta, o Vinicius.

Hoje 30 anos que ele foi pro andar... qual seria? Não sei se ele preferiria o de cima, do jeito que curtia um inferninho.

Uma noite, no Paiol, ele se apresentava com uma cantora, não lembro quem. No intervalo fui aos bastidores, pedir que me autografasse Para uma Menina com uma Flor. Velhinho sapeca... Nossa, eu podia ser sua neta. Isso não o incomodava de jeito nenhum. Haha. Sempre que pego o livro lembro do safadinho. Ganhei elogios, vários sorrisos, e uma longa carícia no joelho, enquanto esperava pelo autógrafo.

Não, não gostei. Não era ele o poeta da minha predileção, o que poderia me acariciar os joelhos, se assim o quisesse. Esse sim, era o Paulo Vitola.

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