sábado, 3 de julho de 2010

Merchand na Copa: the day after

Como sempre os grandes patrocinadores da Copa tem de se precaver com a possibilidade de fracasso, seja lá da seleção de futebol que for, do país onde o patrocinador veicula o seu reclame.

As dez empresas patrocinadoras da equipe de Dunga, que investiram cerca de US$ 200 milhões em contratos de patrocínio, tiveram de tirar da gaveta seus anúncios de "pêsames" e "bola pra frente, Brasil" a dez dias da final do mundial. (Estadão Economia)

Com a derrocada do Brasil, Brahma, Coca-Cola, Visa, etc, entraram, imediatamente após a tamancada, com seus comerciais levanta moral. Haha.

Numa peça publicitária como essa, tem vez que é pior a emenda do que o soneto. O filminho da Brahma, por exemplo, que chama a rapeize pra 2014,  mostra "brasileiros" de todas as castas, suando e acreditando que em 2014, estando a bola em casa, a felicidade até existirá. Na sequência  uma cena com garis se alegrando com suas respectivas vassouras. Degradê provavelmente inspirado no comentário do Boris Casoy, que situa os garis no útimo nível possível de alegria.

Palpite mais que infeliz porque, anota aí, qual a cor da roupa dos garis? Isso mesmo: orange. Gari lembra Casoy. Casoy lembra o bordão "isso é uma vergonha!". O filme da Brahma mostra nossos garis, vestidos com a cor da Holanda, a dançar - olha a vergonha - no guardamento do Hexa. Funesto, pra dizer o mínimo.

Já o reclame da Visa, com a voz do ainda sensual Fagundão, no day after dá aquele anticlímax, ao lamentar a falha. A gente (eu) de cara imagina o Fagundão, embarassado, dizendo: puotz! isso nunca já me aconteceu antes... Dá vontade de responder: tudo bem, Fagundão, take it easy, don't panic.


Ossos do orifício (uia).

4 comentários:

  1. Valeuzes, Jopz_B1B.

    Fazer o quê, não é? Buá!

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  2. Imaginei uma cena: faz dez minutos que o desenganado morreu e chega o motoqueiro com o primeiro telegrama de pêsames.
    Num dava pra dar um tempinho, não?
    Uma disfarçada, sei lá...

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  3. É. Também acho esse lance muito punk. O cara mal exala o último suspiro e já estão as carpideiras à sua porta. Tipo: powha, levaste a mó fé no... errr... falecido, hein?

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