sexta-feira, 20 de abril de 2012

Câncer é bom pro talento, ao que parece

Interessante encontrar na telinha Marilia Gabriela entrevistando Gianecchini pós-tratamento de câncer.

Peguei a entrevista no fim mas, pelo que deu pra ver, foi tudo muito leve e descontraído, apesar do tema, e apesar do laço - sempre encardido - de ex-relacionamento.

Giane pode ser muitas coisas que eu nao aprecio mas, deep, deep inside guarda um traço qualquer de bom menino, que me comove um pouco [sou mae convicta de dois bons meninos, já viu...].

E aí, fala que fala, tocaram no assunto da peça, uma que Giane fazia quando apareceu sua doença, peça à qual ele voltou, com a retomada da vida normal.

Pra ilustrar melhor, passaram uns trechos da peça. Giane contracena com sei-lá-quem, uma guria ruim pra diabo, ele um pouquinho menos ruim.

Entao o rapá comentou o quanto a experiência da doença mudou seu jeito de encarar o mundo, a vida, as pessoas e, principalmente, os sentimentos.

Disse que todas as suas falas na peça ganharam outra e mais profunda dimensao. Falou sobre dor, traiçao, casamento aberto e, nao nestas palavras mas disse, o quanto somos competentes quando o assunto é magoar o ser [dito] amado. E que hoje ele compreende coisas que, até um passado recente, nao via com clareza.

Pareceu um recado, um vago pedido público de desculpas, coisa do gênero, pareceu. Se foi isso, foi interessante. Gabi manteve-se firme, considerando tudo com seu inabalável olhar azul, do alto dos quarenta séculos da sua intangibilidade aparente.

Mas o que mais me surpreendeu nessa história é que Giane tenha melhorado sua atuaçao, com a experiência pessoal e árdua. Só digo tomara!

Porque, compadritos, isso de achar que brasileiro serve pra fazer teatro é uma das maiores balelas que rolam neste paisinho bunda.

Fazer teatro nao tem chongas a ver com 1. aparecer pelado em ensaio fotográfico; 2.fazer Malhaçao; 3. daí passar pra novelinhas marketeiras.

Na-da-a-ver, capisce? Tirante Fernanda Montenegro, brasileiro é tudo uma bosta atuando.

Well, verdade seja dita: a nao ser que seja político.

Com direito a selinho no final. 
Coisas dji gentchi modérrhna.
Eu, quando separo, prefiro dar selinho no Satanás.
Ou, como diria a inefável Vó Canda: 
"Sai de mim, mala de mao. Nao vou viajar..."

4 comentários:

  1. É a nossa e boa nervosa a mil, concordo com voce, tambem sou do time que quando fizer o faça bem feito porque não vai ter outra oportunidade, esta coisa de perdoar ex é coisa de gente sem personalidade. Quanto ao teatro brasileiro, eu me recuso a ir, porque toda vez que fui ver alguma peça tive auele sentimento de vergonha alheia, ytal o nivel dos atores, para me poupar não vou.

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    1. Puotz, Urbano!

      Se essa coisa de "perdoar ex" é coisa de gente sem personalidade, meus "ezes" também tem muita personalidade, ri ri ri...

      Nóis, quano briga, é pra tuda vida e mais um poco!

      Aliás, as mulheres dos meus ezes após mim, devem ser muito felizes, pois eu sou o tipo da ex que desaparece da vida do cara pra sempre, e sem pedido de pensao!

      Quero mais é que se ex-ploda huashuashuashuash

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  2. um legitimo texto da Nervosa, pra deixar a sexta MAIS feliz.

    sipz, dar a outra face, perdoar e blá bla bla é para poucos, geralmente ditos santos e iluminados.

    e quanto ao teatro eu me diverti bastante com a LALA, o Fiani e sua turma... mas é pastelão do inicio ao fim.

    ;-)

    JOPZ

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  3. Acho que sou o único do mundo sem ex... No teatro, eu gostava muito dos trabalhos do Karam e cia, pós metade dos anos 70. Mas aquele chamado "teatro comercial" que os globais fazem entre uma novela e outro... crendios padre!
    Beco

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