quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Caras que eu curto

Beco Prado

Nenhuma foto podia dizer menos sobre Beco Prado do que esta aqui. O Beco é um doce. Jamais aponta o dedo, jamais acusa, jamais critica ninguém. Não do modo ácido como eu faço e ainda acho pouco. O Beco critica como quem se critica: sem vontade de esmurrar. Eu não. Eu quando falo mal, gostaria que minhas palavras fossem dardos, de preferência  embebidos em curare.

O Beco é jornalista, publicitário, escritor, redator, tradutor, filósofo, ator, autor e diretor teatral, roteirista de cinema, compositor, campanhista eleitoral, marido, pai, irmão, cunhado, avô adolescente, amigo e poeta, pensador brilhante. Mais distraído que menino em palestra. E a coisa muito boa que paira sobre essa história toda: come feito um condenado e é magro a vida inteira. Mas não, não era isso o que eu ia dizer. Era:

E a coisa muito boa que paira sobre essa história toda: um dos maiores gênios humoristas que eu conheço, no mundo real ou imaginário. O Beco é naturalmente hilário e este é um dos melhores elogios que eu faço a alguém, uma das maiores glórias terrenas. O Beco me mata de rir sem fazer muito esforço, adoro.

Beco, tiamu!

Beco Prado tem uma porção de livros publicados, esgotados, que você só encontraria em sebos ou em casa de gente muito ligada nessas coisas, que nem eu, ou felizarda por ter ganhado os livros dele, que nem eu. Olha só:


Dia da criança
(Um poema aprovado pela minha mãe)


num lar ao léu onde chorar é a lei
alguém vagava pelas ruas do Brasil
vinha com saudades do Casimiro de Abreu
aurora da vida, imensa pátria sem pai


alguma coisa ali voltava aos trilhos
um calor carinho vindo de longe
pôs um novo menino entre meus filhos
com um sorriso não sei de onde
foi ali, na hora em que o céu era todo seu,
que eu acariciei meus cabelos por você
foi só ali, pai, que me adotei
e aí foi que senti, só, que só faltava eu

Roberto Prado e dona Nadir, que às vezes aprova seus poemas

Amplo Espectro blog do Beco

2 comentários:

  1. San, queridíssima do meu coração vagabundo. Eu estava em período de silêncio obsequioso, mas esta sua homenagem despropocional me obriga a sair da toca (lembra a cena da Vida de Brian, do Monthy Phyton?). Você é de uma gentileza capucha!
    E aí, terminou a mudança? Fique fria que, em dois meses, serás vizinha de janela do Beto Richa, rererer. Beijos!

    ResponderExcluir
  2. Coração meu!
    Ai que bom te ler, depois de um longo e tenebroso fim de semana em que eu enchi o saco de meio mundo (yours included) por conta da ranhetice do PV!!!

    Sim, a Vida de Brian é um fave.

    Nada de gentileza, você é uma das minhas maiores paixões, que ninguém nos ouça... e um artista de verdade!

    Quando terminar a mudança você estará no open house, ca-la-ro!

    Beijos di+

    ResponderExcluir

O que você acha?