sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Regras básicas de boa vizinhança


Um dia, no passado quase distante, acabava eu de deixar meu teen, então um pitchuco mais lindo da mamãe, na escola. Era uma bela manhã de primavera e eu, antes de arrancar com o carro, me detive por uns minutos a observar como era verde o meu vale gramado na frente da risonha, quando paga, instituição de ensino. O que achei bacana. Imaginei as pequenas criançoilas à saída, a saltitar quais cabritinhos inquietos, finalmente soltos no pasto.

Meus bucólicos pensamentos foram interrompidos pela horrenda, grotesca e, por que não dizer, asquerosa e indesejável imagem de um maldito púdol, levado pela guia por uma coisa desagradável do gênero mulher, que lhe permitia, naquele exato momento do meu devaneio pastoril, fazer o que o cara do muro acima pede que não se faça.

Nada falei, por trazer sempre comigo a inoxidável convicção de que certas criaturas vivem num nível mental/emocional way down the snake's asshole, que não lhes permite alcançar o significado de palavras, faladas, escritas ou vociferadas.

Apenas dirigi, à coisona que guiava a coisinha, meu olhar Number One, que passava a seguinte noção: você é igual ao que sai do ânus do seu maldito cão neste exato momento. Pra reforçar a ideia, eu olhava direto nos olhos da coisona e dali pro ânus da coisinha, que largava o fétido e revoltante dejeto.

Nada falei, reafirmo. Mas meu olhar deve ter sido assaz expressivo, pois a dona pirou total e desandou a vomitar atrocidades mis, dirigidas à minha sempre amável pessoa.

Comecei então a retirar meu carro dali (quando tive a exata noção da expressão "vamo puxá o carro"), e então mandei, com uma voz bem tranquila, como aprendi nas aulas de Medicina Legal a tratar os limítrofes:


"Você é uma nojenta, igual ao seu cachorro". 


Ou algo assim. Ou, vai ver nem falei isso. Ou foi pior que isso. Não lembro, não vou mentir. Mas se acontecesse hoje, eu falaria isso.


Well, tenham todos uma bela sexta-feira.
Façam uma répi Hauer, como dizia o pedreiro fulano.
Vão jantar fora com alguém agradável.
Vão à novena de São Judas Tadeu, patrono das causas impossíveis.
Eu pretendo fazer tudo isso. Não exatamente nessa ordem, ca-la-ro.

Agora vou tratar de um post pro Jopz, pra sua Happy Friday. Até logo.
Bjuxxx da San.

4 comentários:

  1. San, ouvi dizer que São Expedito é o patrono das causas impossíveis, ou pelo menos das mais urgentes. Esse Judas Tadeu é o que ajuda nas travessias, acho! rsrs

    Bacio,

    Louie

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  2. Já viram cachorro comendo m....., e eles beijam a boca do bichinho.

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  3. Louie,
    São judas Tadeu é, na verdade, o patrono das causas desesperadas ou impossíveis.
    O santo que ajuda nas travessias, e é tb o patrono dos taxistas, é São Cristóvão, o santo que carrega Cristo.

    batcho =]

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  4. Anônimo,

    beeem feito!!!
    quem beija boca de cachorro, ou do bicho que for, merece ter uma boca infestada de germes.

    Tô fora, eca!

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