quinta-feira, 3 de março de 2011

Sai Tupan: a tchurma perde as estribeiras, toma fubarin, se mata


Artistas arteiros criaram esse pirata factóide pra o simpático Ezinho roxo da nova e-paraná, como parte do movimento "Se o Tupan sai, nóis grita!", que tem provado ser um movimento, no mínimo, ridículo.


 "É... A Babi mostrou o peito",
Imagem da baterista roqueira curitiboca lôka Babi,  postada em abril de 2009, 
no blog roqueiro Trendie, de Fernando Tupan


Por que o Tupan saiu da Educativa? 
 Responde aê, e concorra a uma sessão de sorvetes na testa, de grátis

(   ) Porque o Paulo Vitola, o Paulino Viapiana e o Beto Richa querem boicotar as bandas de garagem 

(   ) Porque o Paulo Vitola, o Paulino Viapiana e o Beto Richa só gostam de MPB antiga, daqueles 'medalhões' chatésimos que a moçada num guenta ouvir nem dois minutos

(   ) Porque o Paulo Vitola, o Paulino Viapiana e o Beto Richa são traidores da cultura paranaense e, principalmente, o-dei-am dar moral pra artistas curitibocas

  (   ) Porque o Paulo Vitola, o Paulino Viapiana e o Beto Richa são uns velhos broxas (sic), que fazem sexo de meia (até isso rolou, creiam)

 
Tão tá.
Tá, que o Tupan tocava as bandas paranaenses. 
Tá que antes, nas trevas da era Requião, ninguém tocava.
Tá que antes da era das trevas requiônicas, também ninguém tocava, e não tinha herói nenhum pra reclamar disso. 
Tá, que os heróis surgiram em um mês, com Tupan à frente do seu arsenal de gravações péssimas e horríveis de bandas boas, regulares e podres.

Mas me façam o favor!

Até quem é do ramo, achou que a bagaça tocada pelo Tupan nesse ínterim, era totalmente não profissional. Bem dessa.

De todas as coisas que li, na maioria parvices, vindas de homens adultos, profissionais da mídia tipo o Claudio Lobão, da Gazeta, em estertores corporativistas (olha a que nível a gente chegou  se esbacou!) escolhi este trecho da Xanda Lemos, roqueira-produtora curitiboca, residente na Carolina do Norte Eua, casada com o roqueiro-engenheiro Bruno Zagonel, baterista da banda curitiboca Criaturas:

"(...) Quando recebi aqui via skype, blog e e-mail, a notícia de que a Educativa revolucionou a música paranaense, fui na fonte conferir.

Passei dias ouvindo a rádio pela internet, e apesar de ter escutado Criaturas (ainda que só as antigas) e muitas outras bandas das quais eu gosto por simples obrigação suspeita, eu achei a programação uma grande merda. 

Ultimamente estava melhorando. Mas careceu de planejamento, cuidado e estratégia.

Subitamente, na gestão Richa, os paranaenses que passaram a tocar, aos montes, na rádio Educativa, lembraram aos ouvintes de como somos "xaropes," amadores, e de como a imensa esmagadora maioria ainda está longe de atingir um patamar radiofônico!

Eis aí a primeira grande lição que essa história nos passou. Músicos, aprendamos a encarar a arte como um trabalho - dediquemos no mínimo 4 horas por dia para isso, e procuremos sempre a ajuda de profissionais.

(...) (É claro que tem coisa boa, bem gravada, e que merece ser tocada. Mais do que simplesmente merecer serem tocadas, essas músicas que são excessão à regra de amadorismo não merecem ser colocadas no mesmo "balaio de gatos" de um random sem nexo, sem nenhum critério de estilo!)

Tocar o Paraná? Um bairrismo anêmico, nocivo, forçado, inútil, que nunca fez parte da nossa cultura - mas que agora, com Garibaldis e Sacis, já começa a se manifestar mais  NATURALMENTE. Cultura não se enfia "goela a baixo." Cultura se pratica e modifica  constante e lentamente.

O que aconteceu na Rádio Educativa foi um laspo convulsivo - vamos vomitar a música do Paraná! - uma falta completa de tato e inclusive de estratégia política. (...)"

Então, assim:  vão todos cuidar das suas vidas e deixem o Paulo Vitola transformar aquele chapéu véio, deixado pelo Reqs, numa coisa que preste.

A Educativa, como o próprio nome diz, não é a rádio rock, nem a rádio pagode, nem a rádio jazz, e muito menos a rádio sertanejo-universitária . Ela não se presta a difundir o gosto exclusivo deste ou daquele que estiverem capitaneando a nau no momento do crime.

A proposta da Educativa é infinitamente maior do que agradar ou desagradar a  facções. O papel da Educativa é educar, e por isso se entende: esclarecer, informar, instigar ao raciocínio, ilustrar, expandir os intelectos.

E isso, ao que parece, não foi o entendido por todas as pessoas para lá destacadas. Então, é preciso corrigir a rota enquanto é tempo. É preciso ter um plano de voo.

Quem não tem capacidade, ou pede pra sair ou é saído.
E a quem nada mais resta, resta o direito de espernear. O  famoso jus esperniandi.

E sabe o que mais? Esse papo já foi, venceu, tá subindo letrinha. Chegou pra mim.

Amanhã tem protesto dos "Músicos do PR", na frente do Canal da Música.
Troféu sorvete na testa pra todos.
Músicos do PR, vírgula. Eu conheço os melhores, e eles não estarão lá.





Mas vai lá no blog do Sr. Tupã, deus dos índios do Brasil,
se quiser uma overdose de rock.  

4 comentários:

  1. A educativa como tudo em que o napoleão de hospício colocou a mão se transformou em estrume, a Tv era um saco de gato que tinha desde colonismo social, passando por futebol de salão até o breganejo. Sem falar nos puxa sacos de plantão que viviam endeusando o Napo. Se o blog do tupan é termômetro de seus apoiadores, vai ser um estouro, dá pra colocar todos em uma Van, pois um cara que apoiava o Rock curitiboca ter 10 seguidores é ridículo, equivale a duas bandas, aonde esta o resto dos amigos. Ou só vão protestar porque acabou a moleza, e agora vão ter que batalhar para divulgar seu trabalho, e o mercado irá selecionar, quem tem talento e quem só esta no mercado porque algum amiguinho toca na radio paga com dinheiro publico.

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  2. San, matutando sobre esse assunto, lembrei de um poeminha do Marcos Prado que vem a calhar. Veja spo e diga se não é verdade:

    todo dia encontro um artista novo
    eu escrevo, eu pinto, eu desenho, eu canto
    mas todos têm aquela cara de ovo
    trato-os humildemente mas com espanto
    isso não está escrito na cara deles
    não vejo em nenhum o ar de sua graça
    nem o trato nobre ou o ímpeto reles
    raro o dono da própria desgraça

    tenho por eles, porém, um amor triste
    um amorzinho vagabundo, menos que inho
    que de tão diáfano não sei como resiste
    um dia pego um deles pelo colarinho
    estrangulo no balcão aos gritos: despiste
    não fique roxo, não obre, isso é um carinho

    (Marcos Prado)

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  3. Urbano,
    você está cada mais mais power, hein?
    O blogão tá bom di+, manda brasa!
    Agora a e-paraná vai entrar nos eixos e produzir muita coisa de qualidade. Ao menos o piloto que está lá é o melhor no gênero, acredito nele.

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  4. Becão,

    "... um amorzinho vagabundo, menos que inho
    que de tão diáfano não sei como resiste."

    Muito bom!
    Você e seu mano são da gota serena!
    Fico super feliz quando você passa por aqui e deixa um presente desses.
    Traga os seus também, adoro!

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