Volta e meia eu ligo a tv de manhã cedo [dormir não é exatamente a minha praia, estou entre os mais espertos, na classificação de Napoléon, aquele Napoleão de hospício] e... tadá, lá vem programinha falando da disfunção erétil, nome científico da brochice ou, como preferem os Cassetas, paumolescência.
Honestamente? Acho ultrabrochante que o cara precise de remédio pra "isso". Comigo não funcionaria. Que eu parto do seguinte princípio [me corrija se eu, surpreendentemente, estiver errada]: se o cara não tem uma situação clínica comprovada [tipo, o elevador se encontra fora de serviço por tempo indeterminado, favor usar a escada] não tem desculpa. Se ele é fisicamente normal e precisa de estímulo químico pra te encarar, amiga, está óbvio que você não o deixa exatamente maluco, certo? E qual o ponto de estar com um cara que não fica maluco com você? Pra mim não servia.
Isso me leva a pensar sobre a mulher que está atrás de sexo apenas, e não de metafísica como eu. Nesse caso, ou ela é uma baranga assumida e necessitada ou é até legalzinha e vai que o Gerard Butler surgiu na frente dela vestido de 300 e muito afinzão? Okay, ele não é bichassexual, let's pretend. Típica situação em que a meta vai pro espaço e só resta a física, em todo o seu selvagem esplendor.
Mas voltando ao que não interessa, então na reportagem eles entrevistaram lá uma meia dúzia de sebosos que ficaram viciados em sildenafil, que parece nome de jogador de bola mas na verdade é a base dos levanta-defuntos. De tanto engolir a pilulazinha mágica os cabras não funcionam mais sem ela. Teve um malaco fedorento que até admitiu que com a 'esposa' [brega adora chamar a mulher de espouza] ele não usa. Por quê? quer saber a repórter. Porque não precisa, resmunga o cafifa. Mas não precisa por quê? força a guria. Ah, por que eu não transo muito com ela... só com as namoradas. E também porque as menina hoje em dia voa baixo. O que quer dizer isso? pergunta a repórter. Ah, elas querem sexo não é duas, treis veize, elas querem cinco, seis.
[aqui é quando eu deixo a sala e vou dar uma vomitadinha, considerando veja como é esse mundo, o que é diversão pra umas pode ser crime hediondo pra outra]
Mas a coisa segue. E tem sempre uma psico na jogada pra explicar os porquês. E esta explica que as meninas que voam baixo estão na verdade tentando compensar, com sexo, tudo o que falta num bom relacionamento. Como a articulação das palavras, o abraço, tereteté, exemplifica sabiamente a psicóloga. Ahá! Até que enfim alguém demonstra uma certa sensibilidade: cara, vocês são umas toupeiras empapuçadas de Viagra. Mulheres, vocês são umas toupeiras que aceitam isso.
Shame on you all!
Uma vez, discutindo esse assunto com um amigo que eu considerava até, ele se saiu com essa [eu já contei isso mas vá lá]: tem mulher que não merece um turbinadão. Excuse me, não merece o quê? Socorro! Cara, espero morrer sem nunca merecer uma coisa dessas, uia! Que baixo. O dia que eu olhar pra um cara considerando o seu 'turbinadão', me internem imediatamente, que minha próxima atitude vai ser comer cocô.
Finalizando: assim vocês vão me transformar de fato naquela mulher frígida que eu sempre desconfiei ser.
Cara, me acabei de rir e de achar mui veridicas suas palavras, traduziu o que eu "sempre quis dizer sobre sexo mas não conseguia"(é que eu não conhecia essa pilulinha insanofil...rrsrsrs MUITO BOM!!!!!Vc é demais...tirei o chapéu
ResponderExcluirQue massa, meu. Valeus muitão mesmo! Insanofil é ótimo rsrs
ResponderExcluirAbraço, Fã.
O uso do "insanofil vaiegra" até por homens jovens e "plenamente potentes" deve-se a insegurança cada vez mais pairante nas nossas cabecinhas masculinas. A preocupação com "boas-plenas performances" leva a este recorrer, até porque agora tudo virou meio imediato com este "FICAR". Então, urge a plenitude "endurecedora", porque não há mais élan-diálogo-enlevo. Tudo ficou bastante "mecânico" - apenas entrante/sainte.
ResponderExcluirO medo-temor da "brochada", outrora resolvido por um "time", por uma relaxada, por uma segunda tentativa, hoje não admitido - até pelas cabecinhas femininas. Esta "vítima" aí estaria descartada e estaria condenada ao disseminar desta "mazela".
FRUTO DESTES NOVOS TEMPOS, em que tudo está liberado e no entanto o sexo perdeu qualidade e até transtornou as cabecinhas hodiernas.
ESTA MINHA ANÁLISE DE VIVENTE ANTES E APÓS O INGRESSO DO VIAGRA (E OUTROS LEVANTADORES DE "FALECIDOS/SEMI-MORTOS").
Bj
Woa, acabamos de ter uma preleção com Doutor Ciro, que além de cientista-maluco expert em fármacos, é cientista-emocional expert em maladies d'amour. Palmas. Valeu, doc.
ResponderExcluirDr. perdoe a ousadia, mas trocaria zil performances enviagradas ,por 5 min. de dialogo-enlevo com o dr., não tenha duvida disso...
ResponderExcluirWaaalllll! Essa foi pra deixar o doutor mais faceiro que mosca em rolha de xarope, tchê!
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