Aleluia, it’s Friday!  É sexta-feira, dia do tão aguardado Cestão Literário, e de passar um  fim-de-semana refletindo sobre as indagações existenciais arrebatadoras  do  texto filosófico de Rui Werneck de Capistrano a respeito da nossa  missão nesta galáxia. E lembrem-se,  irmãos, nem tudo está perdido:  teremos ainda mais quatro sextas-feiras até final do ano, e sabe-se Deus  quantas até o final dos tempos. Boa leitura.
A curiosidade filosófica é mãe dos estrábicos
 O filósofo contemporâneo Joseph Conte-Ville, originário da França,  vem declarando, enfaticamente, nas últimas entrevistas que acredita no  Capital como árbitro de maior talento para apitar a final da Copa do  Mundo de 2014. Conte-Ville baseou sua afirmação em oráculos, jogos de  búzios e na aparição de um tigre de bengala nas festividades do Ula-Ula  no Haway. Perguntado sobre como chegou às ilhas, o tigre desconversou,  mas deixou sangrando nas entrelinhas a possibilidade de voltar a  saborear nativos nos próximos anos. Já reservou passagens e acomodações.
Tendo essa expressiva matéria como ponto de apoio aos seus estudos,  Conte-Ville traçou um largo panorama da civilização mundial desde os  primórdios. Achou três garrafas de Coca-Cola numa caverna, junto a uma  quantidade de esqueletos que haviam participado, quando ainda vivos, de  uma orgia de duas semanas. Nem sinal de anticoncepcionais. A base  acadêmica para seus estudos, ele tirou uma frase lapidar de  Aristóteles: Nada do que foi será do jeito que já foi um dia.
Kleber Kleyborn, filósofo americano da Idade Média, contesta Conte-Ville, lembrando que no meio-oeste  americano habitam ursos polares sem nenhuma cerimônia. Trabalham, pagam  impostos, comparecem às cerimônias religiosas e pagam o dízimo. Seus  filhos comem  BigMac regularmente e nas férias vão visitar parentes,  respeitando a velocidade máxima nas rodovias. Essa é a maior dica de que  a Copa do Mundo de 2014 – a ser realizada no Brasil – deve ser apitada  pelo ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, desde que ele  pare de coçar as partes baixas durante a apresentação dos hinos  nacionais e não respire ao longo da partida. Sua base acadêmica foi um  curioso episódio voltairiano. Voltaire foi instigado, ao comparecer a  uma igreja, a se confessar. Ele, mesmo contrariado, o fez. Só que, sem  perder a pose, disse ao abade: “Vós dissestes que devemos confessar  nossos pecados uns aos outros. Eu confessei os meus. Só irei embora se  confessardes os vossos!”
Pesando os dois excelentes achados filosóficos pode-se resumir o jogo entre  Conte-Ville e Kleyborn como uma pelada de fim de semana e os  expectadores como a maior reunião de plantadores de batata dos Países  Baixos. Conte-Ville declarou “a frugalidade é bem tratada em Oslo. Furar  o cerco calórico é pura especulação”. Kleyborn não foi encontrado.  Apesar de ter dado, naquela noite, duas entrevistas, ao vivo, na tevê de  Kuala Lumpur.
Rui Werneck de Capistrano é um curitiboca do balacobaco e deve ser lido urgentemente e sem pressa.Adoro o Rui, que está sempre no blog do meu querido Solda (de endereço novo, atenção) e hoje no Chapéu.
 
 
 
My dear San, sempre generosa. Dr. Capistrano e seus textos amestrados estarão todas as sextas-feiras no Cestão Literário do blog do Meu Chapéu. Bjus.
ResponderExcluirToda sexta? Usucapiu o Werneckão, Lee?
ResponderExcluirBoa pedida! O cara é mó comédia, com qualidade.
bjuxxx
Vim ver o que se passa por aqui. Confesso que gostei. Os clipes com uns caras do meu passado distante... pegam pelo pé da alma. Quanto aos meus textos, teste-os quanto quiser. Não são vacinados, mas só contagiam que for vacinado contra o que tem por aí. Abraços, Werneck
ResponderExcluirQueridão!
ResponderExcluirMaravilha tê-lo por aqui, great honor!
Seus textos são um sarampo, uma catapora, qualquer coisa bem peguenta. E deixam marcas, boas marcas ;)
Venha sempre.
Abraços