terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Porque hoje é terça

Da coluna Porque Hoje é Sábado, do acadêmico Dante Mendonça, na Gazeta do Povo, em 19/06/2010, featuring o Menestrel de Curitiba.
Esta sabatina é a minha preferida entre todas, of course. Fofíssimo o entrevistado em suas respostas, especialmente quando brinca de Deus. 



Músico, compositor, poeta, cronista, jornalista e publicitário, tudo isso e mais um pouco, em suma Paulo Vitola é curitibano, graças a Deus!

Das frases sobre Curitiba nesta sabatina, Ilana Lerner mandou bem: “Curitiba você meu chamego, meu chão, meu sossego, meu jeito de ser... O Paulo Vitola é gênio!”

Assim, afora tudo o que a cidade lhe deve, digamos que só por essa frase precisamos dar graças a Deus por este poeta de mil e um instrumentos ter nascido em Curitiba, menino da Rua Carlos de Carvalho, entre Visconde do Rio Branco e Visconde de Nácar.

01. Sonho de outra profissão, o que seria: Se eu tivesse outra cara, com toda certeza seria comediante.

02. Dando a sexta-feira por finda, um fim de semana perfeito: Depois de passar o sexto dia com a mais bela das minhas criaturas*, no sétimo dia eu sempre descanso.*

03. Serra abaixo ou serra acima: Serra acima, no último andar.

04. A mais bonita paisagem do Paraná:
Qualquer capão de mata com araucárias no meio dos Campos Gerais.

05. A mais bonita paisagem de Curitiba:
Dois sabiás no jardim, que vejo toda vez que abro a janela do meu quarto, em qualquer manhã de sol.

06. Uma rua da cidade: Inácio Lustosa, um certo dia, há muito tempo.

07. Um sábado de chuva: A mais bela das minhas criaturas adora também a chuva.*

08. Um domingo de sol: Saudades de uma casa verde com lambrequins no beiral.

09. O que você não dispensa no inverno: Um bom tinto.

10. O que você não dispensa em qualquer estação do ano: Um bom livro.

11. O que é muito bom fazer sozinho: Ler.

12. Uma música para ouvir hoje: Todo o Sentimento, de Chico Buarque.

13. Outra para ouvir amanhã: Beatriz, de Edu Lobo e Chico Buarque.

14. Um livro na estante: Café-da-Manhã dos Campeões, de Kurt Vonnegut.

15. Um livro na cabeceira: O Livro do Desassossego, de Bernardo Soares, quase-heterônimo de Fernando Pessoa.

16. Um filme de ontem: Dr. Fantástico (Stanley Kubrick).

17. Um filme de hoje:
O Poderoso Chefão (Francis Ford Coppola).**

18. Um retrato na parede: Felippe Vitola Junior, meu pai.

19. Um lugar para iniciar o fim de semana: Bar do Slaviero Full Jazz.

20. Um acepipe de boteco: A carne-de-onça do Pomerânia (lembram?).

21. O jantar no sábado: Secretíssimo.

22. O almoço de domingo: Com a família, em casa.

23. Uma receita de estimação:
Cozido à Portuguesa, feito por minha mãe.

23. Nenhum, pouco ou bastante alho: Bastante.

24. Uma sobremesa: Papos-de-anjo.

25. Um copo para o espírito: Todos os filmes de Woody Allen.

26. Metade cheio, metade vazio: No fim, dá tudo certo.***

27. Saudades de um sábado qualquer: Conversando com José Maria Pires.****

28. Uma viagem: Eu, ela e duas garrafas de água mineral sem gás.

29. Quem você convidaria para passar um fim de semana como deve ser: Uma mulher tão inteligente que até já sabe quem é.

30. Noite de domingo, o que lhe parece: Poderia ser bem mais longa.

31. Há a perspectiva de segunda-feira, o que lhe dá preguiça: Encarar o trânsito.

32. O que assusta embaixo da cama: Centenas de pares de chinelos.

33. Um passarinho (sonho) na mão: Uma nova canção, Camoniana, em parceria com Marinho Gallera.

34. Outro voando: Um livro multimídia, com versão em formato e-book, escrito a quatro mãos.

35. Uma frase sobre Curitiba: Está em uma de minhas canções: Curitiba, você, meu trabalho, meu pão, agasalho, meu jeito de ser.


Agora vamlá, desvendando os mistérios do Menestrel (alguns, apenas alguns, não vos exalteis):

* aqui o Menestrel brinca de Deus, uma das coisas que mais faz a gente rir quando se fala a respeito
** em que pese a admiração genuína por F. F. Coppola, aqui falou mais alto seu sangue calabrês
*** uma das características mais admiráveis em Paulo Vitola é o seu franco otimismo, que consegue superar seu discernimento (este ofuscado por uma bondade legítima e total falta de inclinação para contendas)
**** Zé Maria, o Pires, com quem o Menestrel adora bater papo, é casado com uma minha ex-profa de Matemática, inesquecível Valquíria, guerreira responsável pelo meu primeiro e milagroso 100 em exame final de logaritmos (Deus a abençoe toda vez que for bater papo com o marido dela, haha)

Enfim, além do notório talento, o Menestrel de Curitiba é uma das mais encantadoras personalidades que se pode conhecer: intelecto singularmente brilhante, agílimo e sempre ávido de conhecimento, humor surpreendente, otimismo capaz de levantar a galera, liderança, proatividade, lealdade, honestidade, paixão por seu trabalho e sua arte, meiguice extrema, gosto refinadíssimo, simplicidade, tranquilidade, sensibilidade à flor da pele, marra de uma Ferrari (pode ir de zero a 100 em menos de 4 segundos).
Adoro.
Abaixo uma das minhas fotos favoritas dele.

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