sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Ahhh! mad


E marcando minha volta triunfal aos meus postinhos dimehda, nessa sexta meio chuvosa, meio calorenta fdp, em que meu chefe viajou e me deu uns minutos pra respirar (sou uma remadora de Ben Hur) trago-vos um deus de ébano, no sentido intelectual e sensibilizal, tocando um tema que muito deleita a esta que vos tecla, além de ser o nome de uma árvore belíssima. Adoro tudo. Tomem, e saibam curtir, faz favor. Ah!mad Jamal é um craque, como diria Nêgo Pessôa, se gostasse de jazz.

Sempre me perguntei - e lamentei - por quê a negrada que veio pra cá enveredou pra mehda do pagode e do sambão/samba-enredo-eca, e a negrada que foi lá pra cima enveredou pro jazz?

Eu mesma respondo: porque isso aqui é um paisinho bunda.

E nem venham querendo me processar por dizer "negrada" porque, segundo os maiores filólogos do país "negrada" é um ajuntamento de negros, e negro não é palavrão nem ofensa.

Recadinho pra ongs e quetais, que lidam com lance de racismo e preconceito e discriminação e o diabo aquático: preconceito, mas preconceito mesmo é expurgar a palavra "negro" do nosso dia a dia, como se ela indicasse uma coisa ruim. "Negro" designa uma bela e privilegiada raça, originária da África, esse continente apaixonante, com tudo o que há de mais belo na natureza (aliás, Deus é africano, anota aê).

Por que nenhum branco acha ofensivo dizer que ele é branco? Porque ele acha "branco" uma grande coisa.
Assim devia ser com o negro: ter muito orgulho de ser chamado "negro".

Mas acontece, compadritos, que o mundo é um reduto de mentecaptos de todas as cores.

Orrameu, os negros, já começa que foram contemplados com o maior bilau da raça humana e ainda se acham menores que os brancos, esses que vivem no desespero querendo provar que tem bilau grande, mesmo que o dito seja uma bostinha? Parem! Levanta a mão aê quem conhece uma branco que não queria ter o bilau de um negão! Mentira!

E digo mais: isso é uma neura mais dos brancos que das brancas, vai por mim. Ome é muito burro, compadritos.

Okay. Vamos curtir esse negão maravilha e seu pianão. Diboa.


E abaixo, a versão da minha biba de ébano favorita, Johnny Maaathisssssss...
Ah, falem o que quiserem, mas essa biba era um ahazo! Ninguém conseguiu passar mais romantismo melífluo com tão boa voz, convenhamos. Bom dimais, adoro. Curtam aê, meos




Olha só que t essa poinciana: isso é assombrosamente belo!

Poinciana...
Your branches speak to me of love

Acho que a imagem da poinciana traduz bem a ideia que eu tenho do amor.
É isso: imenso, esfuziante, estonteante, breathtaking, completamente sedutor

10 comentários:

  1. WOWS, essa sua volta foi igual a uma "voadora no pescoço"...

    boa musica! sem esquecer também do BLUES que virou a sementinha do bom e velho rock que o JOPZ escuta tanto que já está até 1/2 surdo.

    Se vc continuar chutando a vida assim seu joelho não vai ter chance!

    JOPZ

    P.S. remadora do Ben Hur foi ótima... imagina só aquela homarada suada mostrando os cofrinhos... EU JÁ TINHA ME JOGADO NO MAR!

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  2. Huashuashuashuas
    Djoupz meu nêgo, tu me mata de rir!
    Tiepo, eu já nem mencionei o blues por conta do enrabichamento com o rock. Que sabe, né? Aqui o que rola é jazz, sem concessões.
    Quanto aos cofrinhos, puotz! nunca me liguei nessa mas, na real, seria bem punk, uia!
    Bejopz

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  3. Bem tornata, signorina! Já chegou chutando o balde. O Jopz aí tá certo, segura a onda deste ginocchio. Em mil novecentos e lá vai zequinha, fui para os States e tinha que escolher uma família para ficar. Tinha umas tres bacanas, com tres carros na garagem, e uma família negra. Adivinha quem o degas aqui escolheu? Bingo. África. Foi a melhor escolha. Conheci negros com um puta orgulho da raça, soberbos, dignos, e muito gente fina. Sem falar na musica gospel que todo fim de semana rolava. Negrada boa.

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  4. san, os negros q vieram pra cá não são os mesmos q foram pra lá;
    os q vieram pra cá deram de cara com um país católico e com os jesuítas a querer enfiar minhocas nas cabeças deles; lá, os negros deram de cara com os protestantes! E os católicos romanos não dão pra saída pros protestantes em música - é só olhar bach e sua descedência. é a fusão do q os negros trouxeram com a música branca q deu no jazz tipo norleans. a origem de tudo, não? mas v sacaneia com a gente - lembra só a merda q produzimos e esquece o choro - o jazz caboclo - e figuras como pixinguinha. q cito porque hoje fui ao parque barigui - e como não gosto de muita gente, entrei pela dta, ali no museu do carro. e dei de cara com a rua pixinguinha. quase tive uma crise de choro e alegria ao lembrar do maravilhoso pixinguinha, músico da pesada, ser humano tão bonito, tão bom. nóis semo diferente deles, san; nóis não semo tão merda assim,san, não em música. seja mais boazinha com a gente, não implique tanto com nóis, comadre san. e beijinho porque beijinho nunca é demais. n

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  5. sandriiiinha:
    cacete!
    olhei a árvore e disse pra mim mesmo na minha modéstia:
    - parecida com flamboyant...
    hoje, voltei a ela e fui ao pai dos burros;
    poinciana ou flamboyant?
    é a mesma árvore.
    e flamboyant tem uma tradução excelente:
    flamejante. vou levá-la pro blogue;
    com licença;
    recomendações.
    bj
    n

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  6. Sandrinha:
    o anônimo aí tem razão. Só queria saber qual é o blogue dele. Deve ser protestante, como o meu (e também o seu)!
    Não semo merda não, em coisa nenhuma!

    E a palavra é dizateo

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  7. Oie, San!
    Deliciosa combinação: a exuberância discreta da árvore e a não-menos-exuberante melodia da Poinciana com esse ritmo abolerado que seduz absolutamente! Beijão minha rainha!

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  8. Tréplicas

    1. Lee
    Grazie mille, signore. Pois vc me fez lembrar que até o gospel deles é incomparavelmente melhor que o nosso, breguíssima, chatésimo. Bacio, amico.

    2.Negrinho!!!
    Não sou muito de choro, já te disse isso uma vez e vc ficou pálido de indignação. Odeio cavaquinho (soa pra mim como violãozinho de brinquedo, argh!) e só passei a gostar de bandolim depois do Hamilton de Holanda, antes dele achava uó. Donc...
    Continuo preferindo o jazz não caboclo ou antes, caboclo de New Orleans, se bem que, a rigor, nem gosto muito do jazz de NO prefiro o de NY.

    Caboclo comigo só José Ramiro Sobrinho e Ranulfo Ramiro da Silva, vulgo Pena Branca e Xavantinho.

    E sim, a poinciana é a flamejante, conforme já postamos anteriormente, ambos nós dois conjuntamente juntos.

    E sim, sim, como se diz na China, beijings.

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  9. Tréplicas

    3. Louie Dizateo
    o Anônimo acima não é o Veneziano mas sim o Nêgo Pessôa, ou melhor, o Afro Descendente Pessôa, meu arquiamigo.
    E o blog dele é o imperdível Modos & Modas, listado entre os meus faves aí à direita ;)

    4. Ricky
    Exatamente. Tirou a boca das minhas palavras.
    Você acerta sempre, that's why I so love you. Bjaum, meu rei!

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  10. Ah, aqui jazz deu em bossa nova... oras... Abraços, Werneck

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