sábado, 25 de fevereiro de 2012

The Artist, um belo filme, delicado, repousante, emocionante


Acabo de chegar em casa. Fui ao cinema hoje, depois de trocentos anos sem ir porque odeio o som, zilhoes de decibeis acima do que eu suporto.

Mas como fui ver um filme sobre cinema mudo, nao teve erro.
É o mundo em que eu gostaria de viver, o do cinema mudo. No noise at all, a nao ser como FX.

Estou com muita preguiça e sono, entao vou colar aqui o email que acabei de mandar pra Adri, contando sobre o filme, mais o comment que fiz pro Beco Prado em "Too Late", nao achem ruim:




Maravilhoso o filme.
Um silent movie sobre o cinema mudo.
Parece insuportável, diante da tecno de hoje, um filme mudo, em preto e branco, mas é bom de ver, é brilhante.

Palmas pro diretor Michel Hazanavicius, francês lituano (a mulher dele, Bérénice Bejo, argentina, é atriz principal do filme), palmas pro ator Jean Dujardin, excelente, palmas pro cachorrinho Uggie, terrier que ganhou a Palma de Ouro pra cachorro, em Cannes, e o Golden Globe. O cachô do George Valentin (photô) é um amor Nunca me imaginaram dizendo isso, eu sei.





Segundo meu superantenado teen, teve neguinho nas Europa que saiu do cinema pedindo seu dinheiro de volta, pois a satisfaçao nao foi garantida. Disconcordo. Vale cada centavo. 
É que o pessoal hoje em dia nao sabe lidar com poesia, delicadeza, sensibilidade. Negócio deles é Fast and Furious, e esse filme é slow and serene. Claro que a tchurma do tímpano ferrado e cérebro torrado nao havia de curtir. Zar deles. Olha o Uggie, traje de gala, no Golden Globe. Fófis. Pra eu ter gostado, imagine.

4 comentários:

  1. Concordo em número, gênero e degrau.

    Filme com PH maiúsculo. No mínimo, saí do cinema com uma sensação de deslumbramento, de algo que nunca havia visto e não ouvido, de como se fosse a primeira vez frente ao ecrã.

    Sobre o cachorro, vale o humor refinadíssimo na frase do protagonista que se recusa a falar: "se ele falasse..."

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  2. E-xa-ta-men-te!

    "If only he could talk..."

    Ironia leve e delicada, que se estende ao proprio artista e a sua inabilidade em satisfazer aquele mundo novo, devorador. E hoje vemos que foi isso mesmo. Hoje nao basta falar, berrar, se desnudar, expor o diabo no ecrã. Tem que haver cada vez mais do explosivo, do ensurdecedor, do cegante, do exaustivo. Se eles nao conseguirem te tirar do cinema se arrastando de cansaço visual/auditivo, nao tá bom.

    Eu acho um horror esse exagero de efeitos visuais e sonoros. Quando eles ultrapassam o meu limite, acho tudo cansativo e aborrecedor.

    Eis porque deixei de frequentar as "salas". Em casa, ao menos, posso deixar o volume numa altura que nao me estoure os tímpanos e a paciência.

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  3. OPAZ, ótima dika. O ultimo filme que vi foi nos tempos em que ainda era adolescente, assisti A ULTIMA LOUCURA DE MEL BROOKS e me diverti Pastante com aquele Bastelão.

    ;-)

    JOPZ

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  4. Mel Brooks é patrão!
    Quem não viu os filmes dele perdeu metade da vida.

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