domingo, 5 de agosto de 2012

Cem metros com muitas barreiras

Não entendo de esportes, não acompanho esporte nenhum. Mal e porcamente fiz na minha vida (tenho feito) musculação e natação. Só pra manter a forma, nem pensei em benefícios outros, pois como vocês estão cansados de saber, sou uma criatura profundamente superficial.

Sou daquelas que só acompanha um lance ou um personagem excepcionalmente bom, o suficiente pra saber o seu nome e o seu esporte: Muhammad Ali, Sugar Ray Robinson, Rocky Marciano, Mike Tyson, Eder Jofre, Popó, Anderson Silva, Ayrton Senna, Schumacher, Pelé, Garrincha, Ademir da Guia, Leônidas, Zico, Taffarel, Dino Zoff (uia), Maradona, Romário, Zidane, Beckham, Messi, Nadia Comaneci, Michael Jordan, Phelps, Oscar, Giba, Daiane dos Santos...

Enfim, misturando passado e presente, lenda com gente que vai virar lenda, com gente que quase virou lenda, esporte olímpico com briga de galo, o que eu quero dizer é: não entendo nada, não acompanho nada, só sei das highlights. E alguma coisa sobre o Coxa, claro.

Por aí se vê que eu não acompanho Olimpíadas nem Pans da vida, nem nada. A não ser os destaques. Pois bem. Então aí vão dois, que eu captei destas Olimpíadas.

O primeiro, porque achei o maior gato, olha a profundidade da coisa, metafisicamente falando. Trata-se do velocista norte-americano Ryan Bailey, que fez 5º na final dos cem rasos. Sorry for him. Não deu pódio, mas dá muito pé. Como eu disse, não ligo pra esporte, tá limpo.

Easy, babe. A gente espera.


O segundo é realmente assombroso, não só se falando de techno, mas também de valor humano. Trata-se do Oscar Pistorius, velocista que correu a final com o Bailey, aliás. É o atleta sul-africano com prótese nas duas pernas, uma versão real/parcial do homem biônico, digamos. Houvesse um pódio moral, o ouro era dele.


Pistorius tem um discurso bacana, é uma simpatia. Um cara bonito com uma personalidade admirável, que o fez superar - sobrando - muitas barreiras que a vida podia ter-lhe imposto. Acho simplesmente fascinante a imagem abaixo, das pernas do velocista entre os demais competidores. Fascinante pela vitória, pelo desprendimento, pela energia boa que vem desse cara. Adoro. Pra mim ele tem as pernas de um super guerreiro, tipo Star Wars.


Incrível o que se está desenvolvendo no campo das próteses. Os caras já estão pensando em como compensar a rigidez da perna artificial, com uma articulação que imite a flexibilidade proporcionada pelo joelho. Se você lê Inglês, vale a pena conferir este artigo. Uma bênção, de fato, no meio de tanta porcaria que rola neste mundo.

Personalidade de muitos milhões de dólares

Pistorius: 
"A única deficiência na vida é uma atitude negativa". 
Tá aí uma lição. Especialmente mandada.

2 comentários:

  1. É admiravel o que ele consegue fazer usando duas proteses, eu que o diga(só uso uma), ele consegue correr e até dançar (http://youtu.be/-P344EEU-ZY).Sem duvida é um vencedor e mostra que nos é que estabelecemos nossos limites.

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  2. Olha só, conversava justamente sobre isso com um amiga, dia desses. Dizia eu que gosto muito mais das para-olimpíadas porque é emocionante a garra de pessoas que superaram barreiras, preconceitos, testam seus limites, acreditam em si! Não que os das Olimpíadas "normais" não tenham mérito, são atletas que lutaram para estar lá, mas admiro muito mais os PNE's!

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